São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

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Para ver a Copa, paulistano vive tarde de caos e de paz

CET registrou, às 15h30, 174 km de congestionamento, o quarto maior do ano

400 mil pessoas passaram pelas estações do Metrô das 14h às 16h -o normal são até 150 mil no mesmo horário, segundo a empresa

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

A ânsia por assistir à estréia do Brasil na Copa do Mundo fez a cidade de São Paulo viver uma inusitada tarde de caos e de paz.
Primeiro, milhares de paulistanos deixaram mais cedo o trabalho, ignoraram leis elementares de trânsito em nome da pressa e congestionaram, de modo recorde no mês, os principais corredores de tráfego da cidade. Depois, concentrados na partida, transformaram em deserto as principais ruas de São Paulo -a atenção se voltara para TVs espalhadas nas ruas, nos bares e até nas praças.
Exemplo emblemático do fenômeno pré e pós-jogo foi a avenida Paulista. Às 15h, os cruzamentos da avenida, lotados, reuniam carros em alta velocidade, que desrespeitavam o semáforo mesmo sob os olhos de fiscais da CET. Entre as 16h e as 17h50, quando terminou a partida, alguns poucos eram vistos na avenida -catadores de papel, seguranças e ônibus vazios. Os números comprovam o vaivém de gente: às 15h30, a CET registrou 174 km de congestionamento, quarto maior do ano, ante uma média de 51 km para o horário. As vias de saída para a cidade, caso das marginais Tietê e Pinheiros, estavam entre os pontos de maior concentração de automóveis.
Durante e após a partida, no entanto, predominou a calmaria. Às 18h, vitória de 1 a 0 sobre a Croácia consumada, as ruas estavam livres e havia 0 km de congestionamento. Numa terça-feira normal, há 95 km de trânsito, informou a CET.
No auge do engarrafamento, a Folha flagrou PMs em motos sobre a calçada, na alameda Joaquim Eugênio de Lima, e um Corsa na contramão da rua Pamplona, ambas no entorno da avenida Paulista. O Corsa foi multado alguns metros à frente por agentes da CET.
As plataformas do metrô ficaram superlotadas no início da tarde, horário de calmaria nas estações. Antes do jogo, porém, a estimativa do Metrô era que cerca de 400 mil pessoas passassem pelas estações das 14h às 16h -o normal são até 150 mil pessoas no período.


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