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Funcionários da USP Ribeirão protestam
Grupo reivindica reajuste salarial; em São Paulo, haverá hoje um ato na Assembléia por mais verbas para a educação
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA RIBEIRÃO
Funcionários da USP bloquearam ontem um dos portões do campus de Ribeirão
Preto, no interior de São Paulo,
provocando congestionamento
nas imediações da avenida
Bandeirantes, localizada na zona oeste da cidade.
O protesto deu continuidade
à paralisação dos servidores,
que estão com atividades suspensas desde 31 de maio para
reivindicar do Estado um reajuste salarial de 7%.
A manifestação teve início
por volta das 5h30 e acabou às
9h30. O Sintusp (Sindicato dos
Trabalhadores da USP) informou que o objetivo da manifestação foi mostrar que funcionários não só aderiram à paralisação mas também são atuantes
no protesto.
"Foi uma atividade para chamar a atenção daqueles que
acreditavam que a Copa do
Mundo iria causar a paralisação do movimento", afirma André Luiz Orlandin, diretor do
Sintusp em Ribeirão.
Em São Carlos, houve fechamento de portões na segunda-feira. Assembléia marcada pelos servidores para hoje às 7h
vai decidir se haverá mais protestos, segundo Daniel Santos,
diretor do Sintusp na cidade.
As paralisações nos campi
afetam atendimentos à população -como consultas odontológicas em Ribeirão- e serviços
prestados a alunos e professores, como alimentação, acesso a
bibliotecas e a transporte.
Professores dos dois campi
da USP anunciaram apoio às
paralisações dos funcionários,
chegaram a suspender as atividades por um dia, mas ainda
não aderiram à greve.
Novas assembléias estão
marcadas para a semana que
vem. Parte dos alunos também
apóia o movimento.
Mais verbas
Funcionários da Unesp (Universidade Estadual Paulista)
também estão em estado de
greve nos campi de Araraquara,
Franca e Jaboticabal.
As manifestações são contra
a proposta de aumento salarial
feita pelo Cruesp (Conselho
dos Reitores das Universidades
do Estado de São Paulo): 0,75%
sobre os salários de maio e um
reajuste de 1,79% sobre os de
setembro.
Servidores e docentes das
três universidades públicas
paulistas estão pleiteando um
reajuste salarial de 7% e aumento nos recursos estaduais
destinados à educação.
Exigem também que o investimento estadual no ensino geral passe de 30% para 33% da
receita de impostos e que a destinação de recursos para as universidades aumente de 9,57%
para 11,6% do ICMS.
Na capital, funcionários e docentes da USP se preparam para um ato na Assembléia Legislativa hoje, a partir das 14h. Está prevista uma assembléia dos
servidores às 11h, e, às 13h, caravanas de ônibus começam a
sair da universidade em direção
à Assembléia. O objetivo do ato
é pressionar os deputados para
aumentarem as verbas da educação da Lei de Diretrizes Orçamentária.
Hoje também está prevista
uma nova assembléia de professores na Unicamp, para que
eles decidam se entram ou não
em greve. Na segunda-feira, os
funcionários da instituição resolveram suspender sua paralisação, iniciada na semana passada, e marcaram uma nova assembléia para o dia 22.
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