São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2007

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Polícia reage ao tráfico e põe 440 homens em morro

Foi o maior contingente em ação no complexo do Alemão, no Rio, desde maio

Ação foi deflagrada dois dias depois de traficantes reagirem a tiros à presença do comandante da PM; até crianças foram revistadas

MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO

Dois dias após os traficantes do complexo do Alemão colocarem o comando da Polícia Militar do Rio na linha de tiro, a polícia reagiu e instalou 440 homens da PM e da Força Nacional de Segurança no conjunto de favelas situado na Penha, zona norte do Rio.
Durante a ação, houve troca de tiros e explosões de bombas de fabricação caseira. Homens, mulheres e até crianças foram revistados, provocando reação entre os moradores.
A operação Cerco Amplo traz mudança de estratégia no combate ao tráfico no local.
Primeiro, pelo contingente mobilizado -o maior desde 2 de maio, quando a polícia apertou o cerco contra o tráfico do Alemão depois do assassinato na região de dois PMs.
A outra mudança é a decisão de manter os 440 homens na região durante a madrugada, com substituição do grupo pela manhã. Até então, a PM vinha mantendo, à noite, apenas pequenos grupos em algumas ruas dos acessos ao complexo.
Em 42 dias de operação no conjunto de favelas, houve 17 mortos e mais de 60 feridos.
A Folha apurou que a operação vinha sendo preparada havia algum tempo e foi antecipada após os traficantes reagirem, com tiros, à presença do comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Angelo, no local, na última segunda-feira.
Os militares, 300 homens da PM e 140 integrantes da Força Nacional, chegaram munidos de mandados de prisão, busca e apreensão e ordem de desocupar moradias irregulares. Três blindados, reboques e até tratores foram usados.
Por volta das 9h, a Força Nacional começou a bloquear os acessos aos morros do Alemão e Fazendinha, enquanto a PM entrava na região da Vila Cruzeiro, onde houve troca de tiros com traficantes. Depois, duas bombas explodiram na Grota, no morro do Alemão. Não houve informações de feridos. Até o início da noite, a Secretaria de Segurança não havia divulgado balanço da ação.


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