São Paulo, sábado, 14 de junho de 2008

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Após furto, Masp tem guarda armada

Segundo o vice-presidente da empresa que faz a segurança, há homens armados dia e noite em pontos estratégicos

O museu ainda aumentou nº de câmeras e implantou sensor que evita aproximação dos quadros; custo de R$ 1 mi foi pago por empresa privada

MARIANA BARROS
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Homens armados passaram a fazer a segurança do Masp (Museu de Arte de São Paulo) depois do furto ocorrido em dezembro passado.
Segundo José Jacobson Neto, vice-presidente do Grupo GP, empresa responsável pela segurança do Masp desde janeiro, há homens armados dia e noite em locais estratégicos.
"O Masp era como a Estação Pinacoteca, tinha só monitores que serviam como vigilantes", diz ele, que preside a Associação Brasileira de Empresas de Vigilância e Segurança.
O museu ainda criou uma central de segurança, aumentou o número de câmeras de vigilância (de 20 para 40) e implementou sensores de presença para evitar aproximações dos quadros. O custo de R$ 1 milhão com equipamentos foi pago por uma empresa privada.
O detector de metal, que já existia, continua operando. As duas obras levadas -e já recuperadas- estão expostas.
Segundo Teixeira Coelho, curador-chefe do Masp, a segurança só é útil se for atualizada: "A cada seis meses, é preciso trocar".

Outros museus
Já no museu do Ipiranga, onde cédulas e moedas da época do império foram furtadas de uma sala de reserva técnica em agosto de 2007, o número de funcionários triplicou desde então, segundo a diretora Cecília Helena Oliveira: "São 45 vigilantes treinados. Armados, é impensável". Quase mil crianças visitam o museu por dia.
A porta que leva à área de reserva técnica, que era aberta, passou a ter grades e sistema de senha eletrônica após o furto.
Inaugurado em 30 de maio, o museu Iberê Camargo, em Porto Alegre, é considerado um dos mais seguros do país. Delmar Maciel, superintendente administrativo-financeiro da fundação Iberê Camargo, afirma que foram instaladas 72 câmeras. O prédio custou R$ 40 milhões. A segurança possui infravermelho e câmeras com sensores de aproximação. Ainda assim, o roubo na Estação Pinacoteca levou a direção a discutir o uso de detector de metais. Segundo Maciel, é preciso criar mecanismos de prevenção.


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