DA REPORTAGEM LOCAL

Em uma escala de 0 a 1, a rede hospitalar brasileira -pública e privada- recebeu nota 0,34, de acordo com estudo divulgado anteontem em São Paulo por especialistas do Banco Mundial. Para eles, as instituições de saúde são ineficientes, caras e gerem mal os recursos públicos, o que encarece os custos.
Segundo os pesquisadores Bernard Couttolenc e Gerard La Forgia, autores do relatório, o problema é sistêmico, não só do SUS. No escore de eficiência, quanto maior o hospital, melhor foi a pontuação.
As instituições que possuem mais que 250 leitos obtiveram nota superior a 0,45. As que têm 99 leitos ficaram abaixo de 0,35. Do total da rede nacional, foram testados 488 hospitais. No país, há 7.426 hospitais públicos e privados.
Os nomes das instituições não foram divulgados. Segundo os pesquisadores, foram usados dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e os hospitais foram numerados.
O relatório defende os modelos de governança em que há mais autonomia e responsabilização da gestão, como as organizações sociais.
A pesquisa mostra que 52% dos hospitais fora de São Paulo não têm critérios sobre diagnósticos para controle de vigilância contra infecção ou perderam os dados sobre isso.
O relatório defende que o modelo hospitalar seja reformado e diz que não adianta criar mais fontes de recursos, mas, sim, gastar bem o dinheiro. A referência foi à CSS (Contribuição Social para a Saúde), a nova CPMF aprovada pela Câmara.


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