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Projeto proíbe pai de dar palmada e beliscão em filho
LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA
Palmadas, beliscões e
outros castigos físicos
aplicados em crianças e
adolescentes poderão ser
proibidos. A iniciativa é de
um projeto de lei a ser encaminhado hoje ao Congresso Nacional.
A proposta inclui "castigo corporal" e "tratamento
cruel e degradante" como
violações dos direitos na
infância e adolescência.
Hoje, o ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente)
fala em "maus tratos",
mas não especifica os castigos que não podem ser
aplicados por pais, mães e
responsáveis.
O governo diz querer
acabar com a banalização
da violência dentro de casa, de onde sai boa parte
das denúncias.
"Nossa preocupação
não é com a palmada. São
com as palmadas reiteradas, e a tendência de que a
palmada evolua para surras, queimaduras, fraturas, ameaças de morte",
disse a subsecretária de
Promoção dos Direitos da
Criança e do Adolescente,
Carmen Oliveira, da Secretaria de Direitos Humanos.
A proposta traz as mesmas penas já previstas no
ECA para os pais e cuidadores. No caso das palmadas, as medidas vão desde
encaminhamento a programas de proteção à família e tratamento psicológico, advertência e até perda da guarda.
A iniciativa é da rede"Não Bata, Eduque", que
reúne ONGs e entidades de
defesa dos direitos das
crianças. "É importante
que pais e mães não banalizem mais esse comportamento, que prejudica o desenvolvimento das crianças. Há outras formas de
educar", afirmou Angélica
Goulart, uma das articuladoras do movimento.
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