São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 2011

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Zoológico é suspeito de servir de ponte a tráfico de animais

Ibama autuou estabelecimento de Niterói em R$ 1 mi pelo desaparecimento de 490 bichos deixados no local pela PM

Zoonit diz que animais procurados foram soltos ou enviados para outros criadores cadastrados pelo órgão federal

GUSTAVO ALVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O Zoológico de Niterói pode ter servido de ponte para o tráfico de animais, segundo investigação do Ibama.
Ontem, o órgão autuou o zoo em R$ 1,032 milhão pelo sumiço de 490 bichos deixados no local por agentes da polícia florestal da PM.
O zoológico não tinha autorização para recolhê-los nem para cedê-los a terceiros, como o Ibama afirma ter ocorrido. "Temos um centro de triagem para onde esses animais devem ser levados", afirma a chefe substituta de fiscalização e área técnica do Ibama no Rio, Lisia Vanacôr.
Na sexta, fiscais do instituto foram a quatro endereços onde alguns animais estariam, segundo os registros do zoo. Não acharam nenhum, informou o superintendente do órgão no Rio, Adilson Gil.
A Fundação Zoonit também foi autuada em R$ 9 mil por maus-tratos a animais. O zoológico deve ser esvaziado até agosto, seguindo determinação da Justiça Federal.
As autuações serão comunicadas ao Ministério Público e à Polícia Federal, que agora vai investigar o sumiço dos animais. À PF caberá apurar se houve tráfico, afirmou Vanacôr.
Ontem, com o apoio da polícia florestal, o Ibama resgatou um leão, aves e 40 macacos-prego, além do chimpanzé Jimmy, atração do lugar.
Todos serão enviados para o GAP (Grupo de Apoio aos Primatas), entidade ambiental em Sorocaba, no interior de São Paulo. O GAP é o local onde entidades ambientais queriam alojar Jimmy em uma ação que pediu seu habeas corpus em abril.
Na ocasião, o TJ do Rio negou o pedido, determinando que o instrumento legal não valia para um chimpanzé.

OUTRO LADO
A diretora da Fundação Zoológico de Niterói, Giselda Candiotto, disse que os animais procurados pelo Ibama foram soltos ou enviados para criadores cadastrados pelo próprio órgão federal.
Giselda acrescentou que as aves vítimas de maus-tratos recolhidas pelo instituto haviam acabado de chegar.
O tenente-coronel Mario Marques Fernandes disse que a PM parou de enviar os animais ao zoológico após receber um comunicado de Gil informando que o local não poderia mais abrigá-los.


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