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São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2003

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Morador questiona proposta para prédio

DA REPORTAGEM LOCAL

Sentado entre os vizinhos no Salão Azul da prefeitura e olhando para a maquete do edifício São Vito, onde mora há três anos, o cabeleireiro Joseni Santos Feitosa, 40, considerou o projeto da reforma "uma obra maravilhosa", mas foi tomado por dúvidas.
A primeira: por que precisaria entrar num financiamento da CEF para pagar a reforma e garantir sua permanência no prédio se já havia quitado os R$ 4.000 do imóvel há quatro anos?
Assim que o secretário Paulo Teixeira encerrou a apresentação e se disse disponível para perguntas, Feitosa foi o primeiro a segurar o microfone. Em vez de esclarecimentos, porém, obteve aplausos e bateu boca com o secretário.
- Eu ganho R$ 390. Se desapropriarem o prédio, para onde eu vou? Terei algum custo para me manter até o fim da reforma?
- Aí entra no segmento de respostas que eu ainda não tenho. -respondeu Teixeira.
- Mas está tudo interrogativo, secretário. Alguém entendeu alguma coisa?
-Não. -respondeu a maioria.
Após outros questionamentos sem resposta, Teixeira disse que não iria polemizar e pediu ao morador que passasse o microfone a outro. Segundo ele, as questões em aberto serão discutidas em reuniões da prefeitura com a CEF e os moradores de cada andar.
Feitosa diz ser a favor de uma reforma, mas diferente da proposta pela prefeitura. "O que o prédio precisa é de uma pintura na fachada, troca de encanamentos. (...) Como vou pagar o condomínio num prédio futurista?"


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