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Morador questiona proposta para prédio
DA REPORTAGEM LOCAL
Sentado entre os vizinhos no
Salão Azul da prefeitura e olhando para a maquete do edifício São
Vito, onde mora há três anos, o
cabeleireiro Joseni Santos Feitosa,
40, considerou o projeto da reforma "uma obra maravilhosa", mas
foi tomado por dúvidas.
A primeira: por que precisaria
entrar num financiamento da
CEF para pagar a reforma e garantir sua permanência no prédio
se já havia quitado os R$ 4.000 do
imóvel há quatro anos?
Assim que o secretário Paulo
Teixeira encerrou a apresentação
e se disse disponível para perguntas, Feitosa foi o primeiro a segurar o microfone. Em vez de esclarecimentos, porém, obteve aplausos e bateu boca com o secretário.
- Eu ganho R$ 390. Se desapropriarem o prédio, para onde
eu vou? Terei algum custo para
me manter até o fim da reforma?
- Aí entra no segmento de respostas que eu ainda não tenho.
-respondeu Teixeira.
- Mas está tudo interrogativo,
secretário. Alguém entendeu alguma coisa?
-Não. -respondeu a maioria.
Após outros questionamentos
sem resposta, Teixeira disse que
não iria polemizar e pediu ao morador que passasse o microfone a
outro. Segundo ele, as questões
em aberto serão discutidas em
reuniões da prefeitura com a CEF
e os moradores de cada andar.
Feitosa diz ser a favor de uma
reforma, mas diferente da proposta pela prefeitura. "O que o
prédio precisa é de uma pintura
na fachada, troca de encanamentos. (...) Como vou pagar o condomínio num prédio futurista?"
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