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Globo consultou 2 entidades internacionais antes de decidir por exibição de imagens
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão de veicular a fita
com o manifesto do PCC foi tomada pela Globo após consultas a duas entidades internacionais de controle de riscos e
segurança, além da polícia, afirma a emissora. As instituições
orientaram a favor da divulgação e a polícia, contra.
"A polícia entendia que era
uma decisão dramática que cabia à TV Globo, embora recomendasse mais tempo para a
investigação", informou a
emissora. "Para não correr o
risco de perder o repórter, a
Globo decidiu colocá-la no ar."
A recomendação dada pelo
PCC era que fosse veiculada a
parte em que um integrante lê
um manifesto. Por esse motivo,
segundo a Globo, foi cortado o
início, que mostrava armas.
A TV Globo afirma ter consultado a International News
Safety Institute (INSI), entidade de segurança que assessora
grupos de comunicação, e conversado com Luiza Rangel,
coordenadora para a América
Latina. Segundo a emissora, ela
atestou que em situações de extrema emergência, quando os
prazos são exíguos e quando
não se têm dúvidas sobre o descompromisso dos bandidos para com a vida humana, a postura correta é ceder às exigências.
A Globo também teria entrado em contato com Tim Crocket, chefe do escritório de
Atlanta do The AKE Group,
empresa especializada em gestão de riscos. Crocket deu a
mesma orientação que Luiza. A
emissora resolveu, então, cumprir a exigência e veiculou a fita
no Estado de SP, já que o problema diz respeito apenas à essa região, disse a assessoria.
Na Globo, ontem, as equipes
foram às ruas acompanhadas
por seguranças. Outras redes
de TV estudam procedimentos
de segurança. Tanto a Record
como a Bandeirantes negaram
ter recebido o CD. Já o SBT recebeu cópia da fita na quarta. A
direção optou por não divulgá-la. A rádio CBN transmitiu a íntegra do áudio do CD na madrugada de ontem e na abertura do "Jornal da CBN".
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