São Paulo, sábado, 14 de setembro de 2002

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PANORÂMICA

TAUBATÉ

Criança morre por falta de ambulância disponível para fazer transferência
Uma criança de cinco anos morreu no Pronto-Socorro Municipal de Taubaté, no mês passado, porque a unidade não tinha um ambulância disponível para transportá-la para outro hospital. A polícia instaurou inquérito para apurar o caso.
O menino Everton Júnior Cavalcante foi internado no dia 30 de agosto no pronto-socorro, com 70% do corpo com queimaduras de terceiro grau.
Assim que deu entrada na unidade, a equipe médica informou à família que era preciso transferi-lo para uma unidade especializada em Guaratinguetá.
Uma ambulância da Prefeitura de Cruzeiro chegou a ser enviada, mas, segundo o diretor do Departamento de Saúde da Prefeitura de Taubaté, Paulo Pereira, havia problemas no balão de oxigênio e os médicos "acharam arriscado" utilizá-la.
Quando percebeu que não havia ambulância e que o estado da criança estava piorando, o pai do menino, Donizetti Lucas Cavalcante, decidiu procurar ajuda, mas já era tarde.
"Se eu soubesse desde o começo que não tinha uma ambulância para transferir meu filho, teria buscado auxílio antes", afirmou. Everton morreu de asfixia respiratória. O inchaço do corpo teria comprimido o pulmão.

Outro lado
O diretor do Departamento de Saúde disse que a prefeitura "fez o possível" para transferir Everton. Segundo ele, as duas ambulâncias da prefeitura não têm equipamentos de UTI.
O diretor disse que o veículo doado pelo Estado estaria com "algum equipamento faltando". O médico responsável pela unidade, Ciro Bertolli, não foi localizado para comentar o assunto.
(FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE)


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