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Economista troca carro por coletivo
DA REPORTAGEM LOCAL
Você usaria ônibus, lotação e
metrô para se deslocar mesmo
tendo um carro oficial, com motorista, à disposição? O economista Adauto Farias, 43, sim.
Ele é diretor-adjunto de gestão
econômica e financeira da
SPTrans (órgão municipal que
cuida do transporte coletivo). Pela função, tem direito a carro da
empresa. Mas prefere ir trabalhar
de metrô, muitas vezes lotado.
A viagem até a SPTrans, na Bela
Vista (centro), demora 35 minutos, sendo 20 minutos dentro do
vagão e 15 minutos de caminhada. "O tempo de carro seria quase
igual. Mas no metrô eu tenho a
vantagem de ir lendo", afirma.
Na volta do trabalho, ele até utiliza os serviços do carro da
SPTrans. Duas vezes por semana,
vai direto para a casa dele, no Jardim São Paulo (zona norte). Nos
outros dias, fica na casa das duas
filhas, de 12 e 13 anos, que moram
com a ex-mulher perto do Horto
Florestal (zona norte).
Lá, dispensa seu motorista e, à
noite, volta para casa de ônibus
ou lotação -a viagem, que de
carro não levaria dez minutos,
dura 30 minutos, sendo 20 minutos no veículo e dez minutos a pé.
O economista diz que sempre
teve esse hábito de usar transporte coletivo. "Não é ideologia nem
medo. Não gosto de carro, não tenho vontade de dirigir", diz Farias, para quem suas filhas ficaram mais "preguiçosas" após sua
ex-mulher comprar um carro.
"Hoje elas reclamam quando
saem comigo de ônibus."
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