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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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Economista troca carro por coletivo

DA REPORTAGEM LOCAL

Você usaria ônibus, lotação e metrô para se deslocar mesmo tendo um carro oficial, com motorista, à disposição? O economista Adauto Farias, 43, sim.
Ele é diretor-adjunto de gestão econômica e financeira da SPTrans (órgão municipal que cuida do transporte coletivo). Pela função, tem direito a carro da empresa. Mas prefere ir trabalhar de metrô, muitas vezes lotado.
A viagem até a SPTrans, na Bela Vista (centro), demora 35 minutos, sendo 20 minutos dentro do vagão e 15 minutos de caminhada. "O tempo de carro seria quase igual. Mas no metrô eu tenho a vantagem de ir lendo", afirma.
Na volta do trabalho, ele até utiliza os serviços do carro da SPTrans. Duas vezes por semana, vai direto para a casa dele, no Jardim São Paulo (zona norte). Nos outros dias, fica na casa das duas filhas, de 12 e 13 anos, que moram com a ex-mulher perto do Horto Florestal (zona norte).
Lá, dispensa seu motorista e, à noite, volta para casa de ônibus ou lotação -a viagem, que de carro não levaria dez minutos, dura 30 minutos, sendo 20 minutos no veículo e dez minutos a pé.
O economista diz que sempre teve esse hábito de usar transporte coletivo. "Não é ideologia nem medo. Não gosto de carro, não tenho vontade de dirigir", diz Farias, para quem suas filhas ficaram mais "preguiçosas" após sua ex-mulher comprar um carro. "Hoje elas reclamam quando saem comigo de ônibus."



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