São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2008

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Bares e indústria defendem área reservada ao fumo

DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria de cigarros, os bares e os restaurantes são contrários ao projeto de lei que proíbe o fumo em todos os locais coletivos fechados de São Paulo, até mesmo nos fumódromos. O Datafolha mostrou que 81% dos brasileiros são favoráveis à proposta.
A fabricante de cigarros Souza Cruz afirma que "fumantes e não-fumantes devem ter seus direitos respeitados": "Isso é possível seguindo o exemplo de legislações vigentes em países como França, Espanha e Itália, que permitem a criação de áreas destinadas a fumantes com soluções técnicas que evitam a exposição involuntária à fumaça do cigarro".
A Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo também defende as áreas reservadas a fumantes. A entidade diz que será prejudicada caso o projeto em análise pela Assembléia Legislativa de São Paulo se torne lei.
Para 69% dos entrevistados pelo Datafolha, ao contrário, a mudança terá impacto "ótimo/bom" sobre bares e restaurantes.
"Vamos ter queda no movimento, prejuízo e desemprego", diz Ricardo Chiessi, porta-voz da federação paulista. "Todo mundo que consome cigarro sabe que faz mal. O que cabe a nós é respeitar o direito das pessoas."
O Palácio do Planalto não quis comentar o fato de os brasileiros, segundo o Datafolha, reprovarem as declarações de Lula a favor do cigarro. (RW)


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