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Metrô define desapropriação no Morumbi
Entre os oito blocos estão as imediações do aeroporto de Congonhas e imóveis ao lado da marginal Pinheiros
Desapropriações ainda ocorrerão na região do estádio do São Paulo e nas proximidades do cemitério do Morumbi
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO
Áreas ao lado da marginal
Pinheiros, no entorno do aeroporto de Congonhas e nas
proximidades do estádio e do
cemitério do Morumbi terão
imóveis desapropriados para
a implantação da linha 17-ouro do metrô paulistano.
A definição das oito áreas
está no edital do pregão que
o Metrô fará no dia 24 para
definir a empresa que vai elaborar os laudos de avaliação.
Segundo o edital, a avaliação dos imóveis "permitirá o
conhecimento macro de seus
valores de mercado", necessários à decretação de utilidade pública. A vistoria será
da rua, mas cada imóvel terá
ficha individual, com dados
que permitam aferir o valor.
Segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos
do Patrimônio), na região da
marginal Pinheiros, com
duas áreas incluídas na lista,
o valor do terreno vai de R$
4.000 a R$ 5.000 o metro
quadrado. Também são valorizadas as regiões no entorno
do aeroporto e do estádio.
O Metrô espera gastar
R$ 185 milhões para desapropriar até 132 mil m2 -área de
18 campos de futebol-, o
que dá, em média, R$ 1.400
por metro quadrado.
De acordo com estudo feito a pedido do Metrô, 19,5%
das desapropriações deverão
ser de imóveis residenciais
de alto padrão e 7,6% de residenciais de padrão médio
-42,2% dos imóveis são terrenos ou estão desocupados.
O Metrô diz que só após a
conclusão do projeto básico
é que serão definidos o exato
traçado da linha e os imóveis
que serão desapropriados.
MONOTRILHO
A empresa disse ainda que
"não há como fazer metrô em
São Paulo sem fazer desapropriações", mas que "trabalha
para minimizá-las". O sistema da linha 17 será em forma
de monotrilho -trens que
trafegam sobre vias elevadas-, o que diminui a necessidade de desapropriação.
A linha, de 21,6 km, vai ligar Congonhas ao Morumbi
(zona oeste) e ao Jabaquara
(zona sul) e integrar o aeroporto à rede sobre trilhos.
As desapropriações visam
áreas para as futuras estações, como a de Congonhas,
que deve ficar às margens da
avenida Washington Luís.
Também para estações haverá desapropriações ao lado
da marginal Pinheiros.
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