São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
FOCO No interior, falso padre reza missa e abençoa fiéis LEANDRO MARTINS DE RIBEIRÃO PRETO Ele rezou missa, abençoou fiéis e até benzeu objetos. Não haveria nada incomum nos atos praticados por Fabrício Gomes Morais, 35, em Araraquara (273 km de SP), não fosse uma única razão: ele não é padre. Com um mandado de prisão por furto, foi preso no dia 9, após ter se passado por padre por cinco dias. A rápida carreira começou no dia 5, na Livraria Católica São Pio. Apresentando-se como membro da Canção Nova, se disse interessado numa grande compra, pois abriria unidade desta comunidade católica, e fez encomendas de R$ 30 mil -que seriam pagas por ordem de pagamento. Na quinta, disse que rezaria uma missa e conseguiu sair da loja levando R$ 1.500 em produtos -inclusive batina. No mesmo dia, procurou a Associação Santo Padre Pio, que atende moradores de rua, e repetiu a história. Mas a farsa começou a cair no momento que seria o ápice -a missa. Na celebração para cerca de 20 pessoas, ele se enrolou, leu orações erradas e se perdeu. A diretora do local desconfiou e achou o perfil dele no Facebook, onde se apresenta como "romântico" e interessado em mulheres. Morais também visitou o pároco da igreja matriz. Lá, a farsa ficou mais evidente. "Ele disse que tinha sido ordenado com 16 anos, vi as contradições", disse o padre Marcelo de Souza. Ao perceber que estava sendo descoberto, Morais foi à delegacia e se apresentou como advogado. A polícia descobriu que havia um mandado de prisão contra ele, que foi detido. A Folha não conseguiu ouvi-lo. A Canção Nova disse desconhecer o caso. Texto Anterior: Intermunicipal: Tarifa de ônibus sobe na sexta Próximo Texto: Promotoria pede prisão de líder da Igreja Apostólica Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |