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EDUCAÇÃO
Propostas de empresas para a venda de 29,7 mil computadores, para 2.646 escolas, serão reveladas amanhã
MEC encerra licitação de compra de micros
LUCAS FIGUEIREDO
da Sucursal de Brasília
O MEC (Ministério da Educação) abre amanhã os envelopes
com as propostas feitas por nove
empresas na licitação para a compra de computadores para escolas
públicas de 1º e 2º graus.
Segundo o governo, a partir de
novembro, 2.646 escolas de todo o
país começarão a receber as máquinas -29.748 computadores
(servidores de rede e micros Pentium 200, 233 megahertz, com
acessórios multimídia).
O ministério deverá desembolsar cerca de US$ 40 milhões pelos
equipamentos. Serão 8.806 computadores para escolas do Nordeste, 5.058 para o Norte e Centro-Oeste, 5.558 para Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, 5.791 para São Paulo e 4.535
para o Sul.
Nos próximos 15 dias, o MEC irá
divulgar novo edital para compra
de mais 36 mil computadores, que
deverão estar chegando às escolas
no início do próximo ano.
O MEC quer equipar 6.000 escolas públicas com 100 mil micros,
mas a meta só deverá ser cumprida se não houver cortes no orçamento do Proinfo (Programa Nacional de Informática na Educação) em razão da crise econômica.
Em 95, no primeiro ano do governo FHC, o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, afirmou
que equiparia 23 mil escolas com
300 mil computadores.
Na elaboração do Proinfo, quando houve polêmica em torno do
projeto, a meta foi revista para 100
mil computadores, que deveriam
ser entregues às escolas até o final
deste ano. No entanto, o MEC decidiu fazer nova modificação, optando por comprar os micros não
mais de uma só vez.
Assim, foram comprados inicialmente, por R$ 7,19 milhões,
2.500 micros para núcleos de tecnologia pedagógica. A segunda licitação, para 29,7 mil micros, será
definida amanhã e a terceira (36
mil micros), no início do ano.
A licitação dos 29,7 computadores também foi marcada por polêmica. Primeiro, havia educadores
que afirmavam que muitas escolas
públicas não teriam condições de
utilizar e fazer a manutenção dos
micros.
Além disso, o MEC planejava
gastar R$ 470 milhões para comprar os 100 mil computadores do
Proinfo. Admitiu que o valor estava superestimado e reviu os cálculos para R$ 300 milhões, sem alterar as metas de compra.
Finalmente, o projeto ficou parado porque os candidatos a fornecedores travaram uma disputa
pelo negócio com recursos judiciais e administrativos -fase que
termina amanhã.
"É complicado fazer licitação
no Brasil. Tem gente que não sabe
perder", diz Cláudio Salles, diretor do Proinfo.
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