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Carla matou Ubiratan por ciúmes, conclui inquérito
Caio Guatelli - 27.set.2006/Folha Imagem
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Carla Cepollina, que é apontada como assassina de Ubiratan |
Polícia Civil encerrou investigações sobre o crime ocorrido em setembro em SP
Mesmo sem alguns laudos, policiais vão remeter o caso ao Ministério Público, que deve apresentar denúncia contra a advogada à Justiça
FÁBIO GRELLET
DO "AGORA"
O DHPP (Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa) encerrou o inquérito sobre
a morte do coronel da reserva e
deputado estadual Ubiratan
Guimarães, 63- crime ocorreu
em 9 de setembro.
De acordo com a polícia, Ubiratan foi morto pela namorada,
a advogada Carla Cepollina, 40.
Ela nega a autoria.
Segunda, o inquérito será entregue ao juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do
Júri da capital, e ficará à disposição do Ministério Público.
O promotor Luis Fernando
Vaggione, responsável por analisar o inquérito, denunciará
Carla por homicídio duplamente qualificado -por motivo torpe (ciúme) e sem chance
de defesa da vítima.
A denúncia será analisada
pelo juiz, que poderá aceitá-la
ou não. Se aceitar, terá início o
processo contra Carla. Depois
de colher depoimentos e avaliar as provas, Chequini decidirá se a absolverá ou não. Se concluir que Carla deve ser julgada,
ela irá para o Tribunal do Júri.
A previsão é que o trâmite demore dois anos e meio.
Para a polícia, não resta dúvida que foi a namorada que matou Ubiratan. Nem todos os
laudos estão prontos, mas, segundo o delegado Armando de
Oliveira Costa Filho, mesmo se
os exames restantes inocentarem Carla, isso não mudará a
convicção da polícia.
Segundo o delegado, as provas indicam que a advogada foi
a única pessoa vista no apartamento de Ubiratan no dia do
assassinato. Eles teriam discutido por ciúmes da delegada federal Renata Madi. Naquela
noite, vizinhos teriam ouvido
barulho parecido com um tiro.
A polícia intimou Carla a entregar as roupas usadas no dia
do crime, mas, diz a perícia, só
uma das três peças entregues
foi a mesma usada por ela. Após
comparar as roupas às imagens
da câmera do prédio de Carla, a
polícia concluiu que a blusa e a
jaqueta foram trocadas.
Colaborou ANDRÉ CARAMANTE, da Reportagem Local
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