São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 2008

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Empresas já têm atendimento ao consumidor mais rápido

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Passados dois meses e meio do decreto para regulamentação dos call centers, empresas de prestação de serviço já sinalizam mudanças no sistema de atendimento ao consumidor.
A Folha refez ontem o vaivém das opções eletrônicas para cancelamento de assinatura de telefone fixo, de celular e de TV a cabo, serviços campeões de reclamação no Procon.
O que antes era o martírio de uma seqüência de números que se desdobravam em mais números para chegar à opção de falar com um atendente, agora é uma conexão direta que, entre cinco tentativas, durou entre 39 e 46 segundos na central da Telefônica.
À época do anúncio do governo para regulamentação do setor de teleatendimento, era preciso digitar, além do número da linha telefônica, o CPF do assinante para ouvir uma ladainha de opções que, a cada escolha, parecia ficar mais distante do operador. Agora, a ligação é transferida logo na primeira escolha, que pede apenas o número de telefone do cliente.
Na NET, operadora de TV a cabo, o que no teste da Folha dois meses e meio atrás levava 27 minutos, ontem levou um minuto e 22 segundos, embora os quatro itens, que viram mais quatro e mais cinco, continuassem os mesmos.
Entre as empresas mais difíceis de se conseguir atendimento (na tentativa anterior foram necessários 57 minutos), a TIM continua na mesma.
Depois de pedir código de área e telefone do assinante, a gravação com propaganda sobre pacotes promocionais da empresa lança uma série de nove opções -só a última para falar com atendente.
Feita a escolha, uma série longa de explicações -como ter papel e caneta em mãos para anotar protocolo. E já se vão quatro minutos e 20 segundos. A ligação fica muda e, a partir daí, são mais 20 minutos até a chamada ser encerrada sem atendimento. Em duas outras tentativas, a história se repete.
Segundo o Procon, os setores com mais reclamação são telefonia fixa, aparelho de telefone, cartão de crédito e lojas, bancos e telefonia celular; no topo do ranking, a Telefônica.
"O consumidor agora tem todos os instrumentos para exigir o correto atendimento. Quem tiver algum direito desrespeitado pode pedir a fiscalização dessa norma", diz Roberto Pfeiffer, diretor-executivo do Procon.


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