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Empresas já têm atendimento ao consumidor mais rápido
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Passados dois meses e meio
do decreto para regulamentação dos call centers, empresas
de prestação de serviço já sinalizam mudanças no sistema de
atendimento ao consumidor.
A Folha refez ontem o vaivém das opções eletrônicas para cancelamento de assinatura
de telefone fixo, de celular e de
TV a cabo, serviços campeões
de reclamação no Procon.
O que antes era o martírio de
uma seqüência de números
que se desdobravam em mais
números para chegar à opção
de falar com um atendente,
agora é uma conexão direta
que, entre cinco tentativas, durou entre 39 e 46 segundos na
central da Telefônica.
À época do anúncio do governo para regulamentação do setor de teleatendimento, era
preciso digitar, além do número da linha telefônica, o CPF do
assinante para ouvir uma ladainha de opções que, a cada escolha, parecia ficar mais distante
do operador. Agora, a ligação é
transferida logo na primeira
escolha, que pede apenas o número de telefone do cliente.
Na NET, operadora de TV a
cabo, o que no teste da Folha
dois meses e meio atrás levava
27 minutos, ontem levou um
minuto e 22 segundos, embora
os quatro itens, que viram mais
quatro e mais cinco, continuassem os mesmos.
Entre as empresas mais difíceis de se conseguir atendimento (na tentativa anterior
foram necessários 57 minutos),
a TIM continua na mesma.
Depois de pedir código de
área e telefone do assinante, a
gravação com propaganda sobre pacotes promocionais da
empresa lança uma série de nove opções -só a última para falar com atendente.
Feita a escolha, uma série
longa de explicações -como
ter papel e caneta em mãos para anotar protocolo. E já se vão
quatro minutos e 20 segundos.
A ligação fica muda e, a partir
daí, são mais 20 minutos até a
chamada ser encerrada sem
atendimento. Em duas outras
tentativas, a história se repete.
Segundo o Procon, os setores
com mais reclamação são telefonia fixa, aparelho de telefone,
cartão de crédito e lojas, bancos e telefonia celular; no topo
do ranking, a Telefônica.
"O consumidor agora tem todos os instrumentos para exigir o correto atendimento.
Quem tiver algum direito desrespeitado pode pedir a fiscalização dessa norma", diz Roberto Pfeiffer, diretor-executivo
do Procon.
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