São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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Grupo resgata preso em cadeia de Jacareí

Fugitivo é suspeito de ligação com facção criminosa; local, que abrigava mais de 60 presos, tinha só 2 agentes

Segundo os policiais, uma suposta vítima de roubo gritou na frente da cadeia; ao abrirem a porta, foram rendidos

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
HOMENAGEM
Governador Alberto Goldman (PSDB) cumprimenta PMs que atuaramna prisão de suspeito na sexta, após perseguição por ruas de SP

MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS

Pelo menos 15 homens armados com fuzis invadiram a cadeia pública de Jacareí (84 km de SP) na madrugada de ontem e resgataram um preso suspeito de ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
De acordo com a polícia, no momento da invasão, apenas um carcereiro e uma escrivã estavam de plantão no local. A cadeia tem capacidade para 35 presos, mas abrigava mais de 60.
Dois homens que estavam na cela do alvo do resgate, José Nivaldo Soares da Silva, o Radinho, aproveitaram para fugir, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo.
A escrivã e o carcereiro afirmaram à polícia que uma mulher que dizia ter sido assaltada apareceu gritando na frente da cadeia pública, que fica ao lado do 1º DP de Jacareí, por volta das 4h.
Os dois declararam à polícia que abriram a porta para a mulher. Nesse momento, foram rendidos pelo grupo, que estava do lado de fora.
Os agentes afirmaram ter sido agredidos. O revólver do carcereiro foi levado.
De acordo com a Polícia Civil, que abriu inquérito para investigar a fuga, Radinho tem passagens por roubo, homicídio, porte de arma e tráfico de drogas. Ele estava detido havia 13 dias e aguardava transferência para o sistema penitenciário estadual.
Após a fuga, a polícia realizou uma vistoria nas celas e apreendeu dois celulares que estavam com dois presos.
Na área da segurança pública, uma das bandeiras políticas do tucano Geraldo Alckmin, eleito neste mês para mais um mandato como governador de São Paulo, é esvaziar carceragens de delegacias e cadeias públicas.
No mesmo domingo em que Alckmin foi eleito, nove presos serraram as grades da carceragem do 101º DP (Jardim das Imbuias), na zona sul de São Paulo, e fugiram.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, há hoje no Estado cerca de 8.000 homens e mulheres em carceragens de delegacias ou cadeias públicas, ou seja, sob custódia da Polícia Civil.


Colaboraram MARTHA ALVES e ANDRÉ CARAMANTE, de São Paulo


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