São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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Acusado de tráfico em Portugal atuou no Denarc

Investigado foi detido no sábado, sob a suspeita de traficar 1,7 tonelada de cocaína

ANDRÉ CARAMANTE
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Ex-integrante do Denarc (departamento de narcóticos), da Polícia Civil de SP, o investigador Walter José Bernal foi preso no sábado em Portugal sob suspeita de traficar 1,7 tonelada de cocaína.
Hoje, Bernal é da 5ª Delegacia Seccional Leste, espécie de central da Polícia Civil em parte da zona leste.
Praticamente ao mesmo tempo em que era preso, a Polícia Federal apreendeu dois cofres fechados num flat de luxo onde o policial vivia, na Vila Nova Conceição (zona sul), uma das áreas mais valorizadas de SP.
Foram apreendidos também fotos, celulares e cartões de memórias para serem usados como possíveis provas.
Conforme a Polícia Judiciária de Portugal, Bernal e quatro empresários brasileiros são membros de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Para as autoridades, Bernal usava técnicas de combate ao narcotráfico aprendidas no Denarc para traficar. Nos anos 90, ele foi investigado sob a suspeita de comprar armas na Argentina.
O grupo foi preso em um armazém da zona industrial de Montijo, ao sul de Lisboa, após descarregar 1,7 tonelada de cocaína em dez contêineres de um navio, escondida em uma carga de gesso. A droga vale na Europa 25 milhões -R$ 57,75 milhões.
Produzida na Colômbia, chegou ao Brasil por via terrestre. Saiu do país pelo porto de Suape (PE) e chegou à Europa pelo porto de Leixões, norte de Portugal. De lá, foi levada de caminhão por 350 km até Montijo.
A polícia suspeita que a droga abasteceria Portugal e Espanha. As investigações duraram seis meses.
Segundo uma autoridade portuguesa, o local onde a droga era deixada está no nome de um dos envolvidos.
Foi a maior apreensão de cocaína no país em três anos, disse a polícia portuguesa.


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