DA REPORTAGEM LOCAL

O nível do reservatório da Cantareira na manhã de hoje será um dado fundamental na adoção ou não do racionamento de água pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). "É um dia decisivo", afirma Sérgio Lapastina, gerente de comunicação da empresa.
A expectativa da empresa gira em torno do efeito das chuvas de ontem na situação do sistema, que abastece 9 milhões de moradores da Grande São Paulo.
Ontem, o reservatório estava com 2,8% de sua capacidade de armazenamento. Na quinta-feira passada, esse índice era de 4,3%. Caso o nível do reservatório volte a cair, a Sabesp decidirá hoje sobre a realização do racionamento. Porém, se o nível do Cantareira se mantiver estável ou subir -por causa das chuvas-, a companhia pretende postergar essa decisão até o início da próxima semana.
"Na nossa atual situação, qualquer chuva ajuda e contribui para que a nossa decisão de manter o abastecimento normal da população seja prolongada por mais alguns dias", afirmou Lapastina.
De acordo com o gerente da Sabesp, mesmo que a chuva tenha saído da região do Cantareira, ela pode continuar contribuindo para a recuperação do reservatório caso siga para o sul de Minas Gerais, onde nascem os rios que abastecem o sistema.

Prazo
Se o racionamento for adotado, a Sabesp dará um prazo de ao menos uma semana entre o anúncio da medida e o início do rodízio, para informar a população a ser atingida com a medida.
Seriam prejudicados moradores das zonas norte, central, parte da leste, oeste e sul da capital paulista, além dos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul.
De forma parcial, também seriam atingidos pelo racionamento os habitantes do municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André.


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