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Foco
Escola padrão que faz homenagem a publisher da Folha é inaugurada no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Localizada num enclave
verde da área que apresenta o
maior crescimento populacional do Rio e atendendo
tanto a alunos carentes como
de classe média, será inaugurada hoje na zona oeste da cidade a escola municipal Octavio Frias de Oliveira, uma homenagem ao empresário e publisher da Folha, morto em
29 de abril do ano passado,
aos 94 anos.
Com recursos da iniciativa
privada, a Prefeitura do Rio
concluiu sua 23ª escola padrão batizando-a com o nome
de Frias de Oliveira -carioca,
nascido em Copacabana (zona
sul), em 5 de agosto de 1912.
As escolas padrão são construídas com a preocupação de
facilitar a inclusão de portadores de necessidades especiais e o uso de instrumentos
pedagógicos modernos. Os investimentos são mais elevados do que os de uma escola
tradicional -podem chegar a
R$ 4,2 milhões. Para a prefeitura, esse valor maior é compensado pela diminuição nos
custos de manutenção e pelo
fato de cada sala de aula estar
preparada para utilização de
computadores e equipamentos de som e vídeo.
No caso da escola municipal Octavio Frias de Oliveira,
o investimento -de R$ 3,3
milhões- foi bancado pela
construtora privada Calper
com base em um decreto municipal de 1976, que permite
ao município exigir contrapartidas ao autorizar a construção de um empreendimento imobiliário na cidade.
A inauguração será realizada hoje às 11h, na estrada de
Jacarepaguá, 5.679, no largo
do Anil, em Jacarepaguá, com
as presenças do prefeito Cesar Maia (DEM), da secretária
municipal de Educação, Sônia
Mograbi, e de integrantes da
família Frias de Oliveira.
Além das 23 escolas padrão
já em funcionamento, outras
oito estão em fase de construção. Ainda representam menos de 3% do total de 1.062 escolas de ensino fundamental
da rede municipal de educação do Rio.
Segundo a secretária Sônia
Mograbi, uma preocupação
do projeto foi não repetir o
erro de outras escolas-modelo e criar prédios grandes e
vistosos, mas de difícil administração.
"Nossas escolas padrão são
menores. Dessa maneira,
elas ficam acolhedoras e
mais facilmente administráveis pelos diretores", afirma
Mograbi.
As atividades da escola Octavio Frias de Oliveira começaram em setembro deste
ano, tendo como uma de suas
características atrair tanto
alunos de classe média dos
condomínios do bairro quanto crianças de favelas próximas, como as de Rio das Pedras e Gardênia Azul.
A diversidade, diz a diretora Maria Cláudia Virginio, é
um trunfo. "Há aqui desde
alunos cujos pais trazem e levam de carro até crianças de
famílias de baixa escolaridade. Todos se beneficiam desse convívio."
Hoje a escola atende a 339
alunos da educação infantil e
do ensino fundamental. A
partir do ano que vem funcionará com a capacidade
máxima de 630 estudantes
em 11 salas.
A maioria das crianças da
escola estava à espera de vagas na educação infantil ou
foi transferida do extinto 3º
turno de uma escola vizinha.
A dona-de-casa Maria José
da Silva, 42, era uma das
mães que, por falta de vagas
adequadas, tinha o filho Gustavo, 7, estudando no 3º turno da escola Adalgisa Monteiro.
Para ela, o espaço físico e a
receptividade da diretora são
os pontos altos da escola Octavio Frias de Oliveira.
Lilian Raquel da Silva, 32,
também dona-de-casa, diz
que a nova instituição representou uma economia de R$
147 no seu orçamento. "Como não havia vaga na escola
municipal, tive que matricular minha filha numa particular. Quando passei por
aqui e vi que o prédio estava
ficando bonito, corri para garantir a matrícula."
Apesar dos elogios, ela cobra da prefeitura a instalação
de um sinal na porta da escola. "Os carros passam com
muita velocidade e é difícil
atravessar a rua com as
crianças", declara Silva.
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