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"Falhas serão investigadas",
afirma Serra
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador José Serra
(PSDB) disse ontem, no
local do acidente, que não
pretende suspender as
obras nos outros trechos
porque, em princípio, o
"problema é pontual".
O governador disse que
a construção era feita no
ritmo adequado. "A obra
tinha folga para ser inaugurada no prazo. Não estava nem mais depressa nem
mais devagar." Ele disse
que "evidentemente, houve falhas que levaram a isso e serão investigadas".
Serra estava num jantar
particular quando foi informado por assessores.
Ficou tenso, cobrou secretários e só se tranquilizou
perto das 23h30, quando o
secretário de Estado da
Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, o informou
de que não havia mortos.
"Se está fora de perigo,
menos mal", afirmou o tucano ao saber que a vítima
com ferimentos mais graves, segundo relato de Barradas, tinha um afundamento de tórax, mas não
corria risco de morte. Mais
tarde, o tucano classificou
como "milagre" e um "presente de Deus" o fato de
não ter havido mortes.
O superintendente da
Dersa, Delson Amador,
disse que a suspeita é que
uma das vigas tenha tombado e causado o que chamou de "efeito ricochete".
O secretário de Estado
dos Transportes, Mauro
Arce, se reúne hoje com a
Dersa e o IPT (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas)
para discutir o acidente.
Serra chegou ao local
cerca de três horas após o
acidente, depois de se certificar de que haveria condição de pouso.
Durante a semana, ele
havia criticado o governo
Lula pelo apagão de terça.
(CATIA SEABRA e PABLO SOLANO)
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