São Paulo, sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

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Grávida de 8 meses é libertada de cativeiro

Seqüestrada no centro de SP, a empresária de 21 anos passou 8 dias em uma casa na zona norte; ela e o bebê passam bem

A PM chegou ao esconderijo a partir de uma denúncia anônima; três adultos e um adolescente foram presos, e há um foragido

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma grávida de oito meses foi libertada anteontem à noite pela Polícia Militar do cativeiro onde era mantida havia oito dias, na zona norte de São Paulo. A polícia chegou ao esconderijo dos seqüestradores, em Pirituba, após uma denúncia anônima. A empresária Fabiana Teles Azevedo, 21, e seu bebê passam bem.
Ela foi mantida em uma casa afastada, em um quarto de cerca de três metros quadrados, comendo manga e cachorro-quente. Não podia tomar banho e, segundo a polícia, era obrigada a usar óculos de solda vendado com fita adesiva preta.
No cativeiro, a PM prendeu Jonatas dos Santos de Moraes, 18, e apreendeu uma arma. Ele depois levou os policiais aos outros integrantes do grupo, Josenildo da Silva Félix, 19, Paulo Porfírio dos Santos, 21, e um adolescente de 17 anos, que estavam em uma casa próxima.
O trio tentou fugir em um veículo que bateu num poste. A polícia procura por um quinto seqüestrador. Não houve pagamento de resgate.
Os criminosos pediram R$ 1,5 milhão, valor reduzido depois para R$ 46 mil.
Fabiana foi seqüestrada no dia 4 de dezembro quando voltava do trabalho -ela e o marido possuem um boxe no Largo da Concórdia, no Brás, região central. A perua EcoSport que ela dirigia foi fechado por volta das 20h por três homens mascarados e armados dentro de uma Fiorino branca no cruzamento das ruas Silva Teles e Mendes Jr., também no Brás.
A empresária foi colocada na Fiorino. A funcionária que acompanhava Fabiana e o carro foram deixados para trás.
No mesmo dia, o marido de Fabiana, Ricardo Pereira Dantas, 25, recebeu um telefonema dos criminosos e informou o seqüestro à Polícia Civil.
Mas, apesar de a DAS (Delegacia Anti-Seqüestro) ter monitorado as negociações por telefone entre os seqüestradores e o marido da vítima, foi uma denúncia anônima pelo número 190 que levou a Polícia Militar ao cativeiro anteontem.


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