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Comissão da Câmara proíbe estrangeirismo
Projeto, que agora segue para o plenário, exige que tradução em português acompanhe expressões em outros idiomas
A determinação vale para anúncios publicitários, informações comerciais, meios de comunicação e documentos oficiais
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Comissão de Constituição
e Justiça da Câmara aprovou
ontem projeto que proíbe o estrangeirismo no país. A matéria, que segue para o plenário,
determina que toda palavra ou
expressão em língua estrangeira e destinada ao conhecimento público terá que vir acompanhada da tradução para o português, com letras de igual destaque. Isso inclui peças publicitárias, informações comerciais
e meios de comunicação.
Documentos oficiais serão
escritos obrigatoriamente em
português. A punição para os
infratores será definida em lei.
O projeto prevê a criação de
uma comissão para elaborar
glossários com termos equivalentes em português para as expressões estrangeiras usadas
em áreas de intensa inovação
tecnológica e científica.
O deputado Aldo Rebelo (PC
do B-SP), autor do projeto, explica que a intenção é promover, difundir e valorizar a língua portuguesa e melhorar as
condições de ensino e de
aprendizagem dela. Ele diz que
o atual uso excessivo de idiomas estrangeiros, principalmente o inglês, dificulta a comunicação dos brasileiros, mas
nega que sua intenção seja acabar com o incentivo ao conhecimento de línguas.
"Ao aprovar o projeto, a Câmara adota no país legislação
de promoção e defesa do idioma correlata ao que já existe
em vários países. A lei será útil
para o fortalecimento da
aprendizagem em geral, já que
toda ela depende do domínio
do idioma", afirmou Rebelo.
Deputados acreditam que o
projeto incentivará pesquisas
sobre variedades lingüísticas,
campanhas sobre o uso da língua e cursos de português no
rádio e na TV.
Se aprovado no plenário, o
projeto irá para sanção presidencial. O texto já havia sido
aprovado pelos deputados, mas
retornou à Casa porque houve
alterações no Senado.
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