CHICO DE GOIS
da Reportagem Local

O edital de licitação para a concessão do sistema de transporte, que a prefeitura começa a vender na segunda-feira, admite o envelhecimento da frota e dá amplos poderes para as empresas modificarem as linhas e intervalos. O novo sistema deverá entrar em vigor, na prática, no próximo ano.
Pelo edital, a idade máxima admitida para ônibus comum será de 10 anos -atualmente, é de oito. Para os biarticulados, a idade subirá dos atuais 10 anos para 12. O presidente da SPTrans (São Paulo Transporte), Pedro Luiz de Brito Machado, disse que a idade média da frota é de seis anos.
Machado acredita que as empresas não têm interesse em colocar ônibus velhos para rodar. "Os veículos podem quebrar no meio do caminho e, quando isso ocorre, a empresa é multada, o que gera perda de receita."
O novo modelo de transporte, previsto no edital, concede autonomia às empresas para alterar as linhas e intervalos. Essas mudanças, segundo Machado, terão de ser aprovadas pela SPTrans. "A empresa municipal será passiva e não ativa", afirmou.
De acordo com Machado, as empresas vencedoras da licitação não poderão modificar as linhas durante os primeiros três meses. Haverá um problema prático a resolver. Como a licitação dividiu a cidade em oito setores, mais uma zona neutra, que é a região central, haverá algumas linhas que serão intersetoriais, isto é, ultrapassarão a área para a qual ganharam a concorrência.
Nesses casos, segundo Machado, as concessionárias terão de entrar em acordo sobre a divisão do serviço. Caso contrário, a solução provável será a interligação no centro, o que levará o passageiro a gastar mais tempo, uma vez que terá de descer de um ônibus para pegar outro.


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