São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 2001

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UNICAMP
Para professores, as provas foram trabalhosas e extensas e 4 horas podem não ter sido suficientes para resolução
2ª fase começa com 6,38% de abstenção

CÁSSIO QUITÉRIO
DA FOLHA ONLINE, EM CAMPINAS

O primeiro dia das provas da segunda fase do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) teve um índice de 6,38% de abstenção nas 17 cidades onde os exames foram aplicados.
Dos 12.662 candidatos convocados para a segunda fase, 808 faltaram às provas de literatura, biologia e português, realizadas ontem.
Curitiba (PR) foi a cidade que registrou o maior índice de abstenção: 17,69% de um total de 130 convocados. Em Campinas, 184 dos 3.822 convocados não compareceram à prova. Na Grande São Paulo, 7,92% faltaram.
Segundo o pró-reitor de graduação da Unicamp, Angelo Cortelazzo, o primeiro dia da segunda fase foi normal em relação aos vestibulares dos anos anteriores. Nos últimos quatro anos, o índice geral de abstenção na segunda fase mantém-se na casa dos 6%. Na primeira fase, o índice geral das faltas foi 3,36%.
Em Campinas, o atraso da candidata ao curso de Educação Física Sheila Stein gerou uma confusão em frente à porta do Colégio Pio 12. Ao ver que a namorada não poderia mais entrar para fazer a prova, Marcelo Loureiro discutiu e ofendeu os fiscais e policiais que impediam a entrada da garota. Marcelo foi detido por desacato a autoridade.
Para os professores de cursinhos, as provas não foram difíceis, mas trabalhosas e extensas, e as quatro horas para a resolução podem não ter sido suficientes.
"Cada questão tinha dois, até três itens. A prova foi bem extensa", disse o professor de língua portuguesa do Objetivo Nelson Antonio Dutra Rodrigues.
"O conteúdo foi bom, exigindo dos alunos conhecimento e raciocínio", disse ele.
Segundo os professores, as seis questões de literatura foram detalhistas e exigiram boa memória dos alunos sobre os livros lidos.
"(Literatura) foi um pouquinho mais detalhada. O exame pediu especificidades das obras indicadas para leitura", disse a professora do Etapa Célia Passoni.
As questões de gramática, como é tradicional na Unicamp, exploraram erros da imprensa no uso da língua e pediram a análise e interpretação dos alunos.
De acordo com os professores de biologia, a prova abordou temas tradicionais, com exigência mediana dos candidatos.
Foi uma prova trabalhosa, com questões do cotidiano. Não foi difícil, mas acho que os alunos precisariam um pouco mais de tempo", disse Angelo Antonio Pavone, do Etapa. (Colaborou Estanis lau Maria, da Reportagem Local)


Veja a correção da prova no Fovest Online (www.fovest.com.br)




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