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Governo antecipa em 2 meses ida da Força ao Rio
Até maio, 6.000 homens atuarão no Rio, segundo o novo cronograma
Primeiros 200 homens chegariam ainda ontem ao Rio; outros 200 deverão chegar ao Estado entre esta semana e a próxima
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
O governo decidiu antecipar
em dois meses o envio das tropas da Força Nacional de Segurança que reforçarão o policiamento dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro.
Até maio, 6.000 homens
atuarão no Rio, de acordo com
o novo cronograma. O primeiro
grupo -com 200 homens-
saiu de Brasília às 5h, em comboio de 52 carros, percorreu
1.200 km e tinha previsão de
chegada ao Rio para a noite de
ontem. A tropa iria direto para
o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar, em Sulacap, na zona
oeste da cidade, onde ficará baseada. Outros 300 homens da
força desembarcaram às 22h30
na Base Aérea do Campo dos
Afonsos, em Marechal Hermes,
zona norte do Rio.
Entre esta semana e a próxima, deverão ser deslocados para o Rio mais 200 integrantes
da FNS. A idéia é que paulatinamente sejam enviadas novas
tropas até alcançar o efetivo total de 6.000 homens.
O início da atuação nas ruas
da Força Nacional deve ser definido hoje em reunião entre o
ministro da Justiça Marcio
Thomaz Bastos , o secretário de
Segurança do Rio, José Mariano Beltrami, o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz
Fernando Corrêa e o comandante da Força, coronel Aurélio
Ferreira.
O governo quer que a FNS
trabalhe de forma discreta. Não
deve haver, por exemplo, cerimônia de apresentação oficial
das tropas. A previsão do governo é que os homens da Força
Nacional permaneçam no Rio
até uma semana após os jogos
Pan-Americanos, que terminam em agosto. A estratégia do
Gabinete de Gestão Integrada
(GGI), que coordenará o trabalho da Força Nacional, é realizar blitzes em 19 pontos de
fronteiras do Estado para combater tráfico de armas e drogas.
O GGI é composto por membros da Secretaria Estadual de
Segurança Pública, das polícias
Federal, Rodoviária Federal,
Civil e Militar, representante
do Sistema Penitenciário Estadual, do Tribunal de Justiça, do
Ministério Público e um representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
A Força Nacional foi criada
por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro de 2004. Os
integrantes são policiais civis e
militares de vários Estados, selecionados entre os melhores
currículos de cada força. Em tese, foram capacitados para
atuar em ações de preservação
do patrimônio e da ordem pública em todo o Brasil.
No Rio de Janeiro, o grupo só
iria atuar durante a realização
dos Jogos Pan-americanos, em
julho deste ano, mas o governador Sérgio Cabral Filho pediu
que a chegada fosse antecipada
diante dos episódios de violência registrados na capital e em
municípios da região metropolitana, na última semana do ano
passado. Os ataques criminosos contra ônibus e delegacias
deixaram 19 pessoas mortas e
pelo menos 25 feridas.
Além da solicitação da Força
Nacional de Segurança, o governador determinou na primeira semana do ano a transferência para o presídio de segurança máxima de Catanduvas,
no Paraná, de 12 líderes do tráfico de drogas.
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