São Paulo, terça-feira, 15 de janeiro de 2008

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Voluntários traduzem registros de embarque de 210 mil pessoas

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma comissão de 150 voluntários, com idades entre 18 e 98 anos, todos fluentes em língua japonesa, trabalha na digitalização e tradução para o português das certidões de embarque de 210 mil imigrantes de origem asiática que chegaram ao país em 322 navios, entre os anos de 1908 e 1972.
Os documentos servirão para que descendentes possam rastrear familiares que ficaram para trás no Japão e, em alguns casos, requerer cidadania japonesa ou permissão de trabalho e fazer o caminho de volta.
A primeira etapa do projeto está concluída. Foi a transcrição dos ideogramas kanji para o alfabeto romano dos nomes de imigrantes de cerca de 335 volumes de livros de embarque.
Agora, falta a checagem das grafias no Memorial do Imigrante e a digitação bilíngüe dos registros para formação de um banco de dados que, em princípio, ficará disponível no Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil e depois deve ser colocado na internet.
"Hoje não existe onde consultar esses registros", diz a coordenadora do projeto, Harumi Arashiro Goya.
Idealizadora do projeto, a descendente Leda Nakabayashi Shimabukuro diz que 647 imigrantes morreram nos navios antes de chegar ao Brasil. (VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO)


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