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Voluntários traduzem registros de embarque de 210 mil pessoas
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma comissão de 150 voluntários, com idades entre 18 e 98
anos, todos fluentes em língua
japonesa, trabalha na digitalização e tradução para o português das certidões de embarque de 210 mil imigrantes de
origem asiática que chegaram
ao país em 322 navios, entre os
anos de 1908 e 1972.
Os documentos servirão para
que descendentes possam rastrear familiares que ficaram para trás no Japão e, em alguns
casos, requerer cidadania japonesa ou permissão de trabalho
e fazer o caminho de volta.
A primeira etapa do projeto
está concluída. Foi a transcrição dos ideogramas kanji para o
alfabeto romano dos nomes de
imigrantes de cerca de 335 volumes de livros de embarque.
Agora, falta a checagem das
grafias no Memorial do Imigrante e a digitação bilíngüe
dos registros para formação de
um banco de dados que, em
princípio, ficará disponível no
Museu Histórico da Imigração
Japonesa no Brasil e depois deve ser colocado na internet.
"Hoje não existe onde consultar esses registros", diz a
coordenadora do projeto, Harumi Arashiro Goya.
Idealizadora do projeto, a
descendente Leda Nakabayashi Shimabukuro diz que 647
imigrantes morreram nos navios antes de chegar ao Brasil.
(VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO)
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