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Mãe entrega suspeito de matar médica
Reconhecido por quatro testemunhas, adolescente de 14 anos já está internado provisoriamente na Fundação Casa
A ginecologista Nadir Oyakawa, 53, foi morta em dezembro do ano passado na frente da casa de sua irmã, na zona oeste de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Um adolescente de 14 anos
suspeito de ter assassinado a ginecologista Nadir Oyakawa, 53,
em dezembro do ano passado,
na zona oeste de São Paulo, foi
entregue à polícia pela sua própria mãe anteontem. Ele foi reconhecido por quatro testemunhas do crime, segundo o
DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). Outros dois suspeitos estão em liberdade.
Segundo o DHPP, a mulher
entregou o filho pois tem informações de sua participação no
crime e temia que ele fosse assassinado por causa disso. A reportagem apurou que a polícia
acredita que criminosos que
agem na região da favela tenham pressionado a mulher a
entregar o filho -por causa dele, a Polícia Civil realizava buscas constantes na comunidade.
A polícia não informou a
identidade da mãe.
Latrocínio
Nadir foi morta em seu carro,
na rua Dr. João Vieira Neves,
região do Rio Pequeno, na frente da casa de sua irmã por três
criminosos que planejavam
realizar um assalto. Era tarde
da noite do dia 12 de dezembro
de 2008, e ela voltava da festa
de formatura de uma sobrinha.
Segundo a polícia, a vítima
foi morta porque buzinou diversas vezes para alertar parentes sobre o assalto.
Nadir se formou na Unicamp
(Universidade de Campinas) e
chefiava o setor de laser do hospital Pérola Byington, cargo
que ocupava desde dezembro
de 1990. Ela era considerada
uma das maiores especialistas
em tratamento a laser no país
(leia mais nesta página).
Segundo o delegado Marcos
Carneiro de Lima, do DHPP, foi
o adolescente de 14 anos preso
anteontem quem disparou a arma. "Ele já foi reconhecido por
quatro testemunhas que estavam no local e já está internado
provisoriamente na Fundação
Casa enquanto duram as investigações."
O jovem e os dois supostos
comparsas já haviam sido detidos pela Polícia Militar momentos depois do crime na região. Os três foram submetidos
a reconhecimento por um familiar da vítima na rua, sob a
luz do farol de um carro da polícia, mas não foram reconhecidos e acabaram liberados.
Na ocasião, os policiais militares tiraram fotos dos suspeitos. Em uma dessas fotos o adolescente aparece com roupas
semelhantes às descritas por
testemunhas. Segundo a polícia, outro indício é que uma câmera de segurança próxima ao
local do crime teria filmado
uma pessoa com roupas semelhantes às que o jovem usava
quando foi detido pela PM.
Apesar dos indícios, segundo
a polícia, ele negou participação no crime. O jovem já tinha
passagens pela polícia e estava
submetido ao sistema de liberdade assistida.
Outro suposto comparsa, que
tem 20 anos, foi localizado pelo
DHPP, mas não foi reconhecido por testemunhas, por isso
não teve prisão temporária pedida à Justiça. O terceiro suspeito, um adolescente de 13
anos, não foi mais encontrado
para novo reconhecimento. O
DHPP tenta agora reunir mais
provas para tentar pedir à Justiça as prisões temporárias dos
dois suspeitos que estão soltos.
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