ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a fundação do Laborarte (Laboratório de Expressões Artísticas do Maranhão), há pouco mais de 36 anos, o ator Nelson Brito entrou para o mundo da política cultural em São Luís.
O laboratório, conta a filha Luana, 24, que dá aulas da dança folclórica cacuriá no local, é uma ONG composta por núcleos de teatro, dança, música, capoeira, artes plásticas, fotografia e literatura.
Sem saber estimar quantas pessoas já passaram pela organização desde a sua criação, ela diz que, com o tempo, o Laborarte se tornou um ponto de cultura da cidade.
O interesse de Nelson pela área surgiu na juventude. Filho de mãe escritora e pai funcionário de uma empresa ferroviária, aos 17 passou a fazer aulas de teatro e participou de espetáculos de rua. No âmbito da política cultural, exerceu o cargo de presidente da Fundação Municipal de Cultura da Prefeitura de São Luís, no mandato de Jackson Lago (PDT), hoje governador do Estado.
Foi ainda um dos organizadores do Festival Internacional de Música, em 2002.
Pai de três filhas, Nelson era "sério, quando tinha que ser sério, e engraçado, quando tinha que ser engraçado", diz Luana. "No primeiro encontro que marcou com a minha mãe, ele chegou atrasado e bêbado", brinca.
O casal viveu junto por cerca de 26 anos, até sábado, quando um AVC (acidente vascular cerebral) o levou ao hospital. Morreu no mesmo dia, aos 55 anos, após sofrer uma parada cardíaca.

obituario@grupofolha.com.br

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