São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 2011

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Boataria assusta os moradores da região

Alertas falsos de arrastões e novos deslizamentos espalham mais medo

Comércio no centro de Teresópolis fechou as portas após boato; PM teve de ser mobilizada para acalmar lojistas


DIANA BRITO
ENVIADA ESPECIAL A NOVA FRIBURGO

FÁBIA PRATES
ENVIADA ESPECIAL A TERESÓPOLIS

Depois da tragédia, que até as 20h de ontem já havia contabilizado 540 mortos, Nova Friburgo e Teresópolis sofreram pela manhã com boatos sobre novos deslizamentos e arrastões.
Em Conselheiro Paulino, distrito de Nova Friburgo, pessoas corriam em pânico e carros seguiam pela contramão por causa de boatos de que uma represa teria se rompido e inundaria a região.
Carros da PM seguiram para a região para acalmar a população e explicar que nada havia acontecido.
Segundo a dona de casa Maria Vicênzia, 45, um rapaz passou em uma moto gritando que a represa tinha arrebentado. "Todo mundo ficou desesperado", contou.
Em Teresópolis, um boato de arrastão parou o comércio no centro. Houve tumulto e correria. Num raio de três quilômetros, todas as lojas da Calçada da Fama e ruas nas imediações da praça Santa Tereza, a principal do centro, fecharam as portas.
A Folha conversou com vários comerciantes. Nenhum deles foi vítima dos supostos bandidos. A cada loja, a informação era de que havia acontecido.

TELEFONE E ALIMENTOS
Após dois dias com a cobertura telefônica afetada, as operadoras começam a restabelecer os serviços. Em Petrópolis, os serviços já estavam praticamente normalizados, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e as empresas.
Em Teresópolis, o serviço foi reativado em 75% da cidade. A pior situação era em Nova Friburgo, que ficou até anteontem com quase 100% dos consumidores sem energia. Isso provocou o desligamento das antenas de celulares. Ontem, a energia já havia sido religada em 75% da cidade. Com isso, cerca de 40% da cobertura de celular foi restabelecida.
O Ministério de Desenvolvimento Social enviará para os três municípios 200 toneladas de mantimentos e material de limpeza, além de 8.000 cestas básicas.
A partir de hoje seis helicópteros da Petrobras serão usados para o envio de mantimentos aos moradores que estão desabrigados ou desalojados em áreas que ainda isoladas nas cidades.


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