São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 2011

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ENTREVISTA

Trânsito intenso deixa táxi caro, diz diretor da ANTP

DE SÃO PAULO

Rogério Belda, diretor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), diz que o preço do táxi em São Paulo é alto devido ao congestionamento.

 

Folha - O táxi é uma das soluções para o transporte público em São Paulo?
ROGÉRIO BELDA -
Muita gente usa táxi e metrô. Aproveita a possibilidade que tem de quebrar a viagem, diferentemente de quem usa o ônibus com o bilhete, que tem validade. Ele é importante, mas perdeu 11% dos passageiros nos últimos dez anos.

Por quê?
Porque aumentou o congestionamento na cidade e eles sofrem diretamente com isso. O taxímetro conta a quilometragem e o tempo. No congestionamento, o preço fica muito alto. Precisa diminuir o congestionamento, mais que o preço do táxi. O que é essencial: o preço que corresponda ao interesse do usuário e do provedor do serviço.

Esse preço do táxi que aumentou em SP corresponde aos dois interesses?
Pelo fato de existir congestionamento, não. Para o taxista, também é um problema, porque, quando [a tarifa] aumenta, a demanda cai. O problema está fora do táxi, está na cidade.

Como é possível estimular o transporte de táxi?
Uma coisa já foi feita, que é permitir o táxi com passageiro na faixa de ônibus. Deve haver mais facilidades, como a possibilidade de o táxi entrar no terminal de metrô -nos EUA isso é muito comum. Em Londres, o táxi pode fazer conversões proibidas. Na Europa há empresas especializadas em identificar a posição dos táxis com GPS e enviar o mais próximo.

Já existe algo parecido em São Paulo?
As cooperativas usam a forma antiga, por telefonia. Perguntam onde o táxi está e enviam o mais perto. Mas o GPS é mais eficiente.


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