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Falta de defensores agrava situação
DA SUCURSAL DO RIO
A coordenadora dos defensores
públicos do sistema penitenciários, Luzanilba Moreira da Silva,
cita casos de irregularidade e desrespeito aos direitos dos presos
em penitenciárias e casas de custódia do Rio.
"Depois da rebelião da [casa de
custódia" Pedro Melo, em janeiro,
descobrimos que um preso estava
lá há dois anos, embora o processo contra ele tivesse sido arquivado. A Justiça havia esquecido de
recolher dois mandados de prisão
expedidos no início dos anos 90
que ele já havia cumprido." O rapaz foi solto no início deste mês.
Não há atuação direta dos defensores nas casas de custódia,
por falta de pessoal. Mas, segundo
Silva, já há "um entendimento entre o defensor-geral [Marcelo
Bustamante" e o secretário Astério [Pereira dos Santos" para que
isso mude".
"Temos que ir a todas as casas
de custódia, entrevistar todos os
presos para saber a real situação,
mas faltam defensores. São 27 para os 22 presídios. Na casa de custódia Pedro Melo, atuamos desde
janeiro. Ali, pelo menos 60% deles
já foram condenados", afirmou.
A situação nos presídios não é
melhor. "Por falta de vagas, coloca-se um réu primário em um
presídio de segurança máxima.
Aquilo é uma "escola'", defende.
"Quem rouba geralmente não faz
parte de facções, não faz parte do
tráfico. Mas, depois de ficar na
"escola", começa a fazer."
A juíza da VEP (Vara de Execuções Penais) Maria Teresa Donatti aponta a divisão por facções como um dos principais empecilhos
à transferência dos presos: "Não
há vagas em regime semi-aberto
para presos do Comando Vermelho". Ela diz que, neste ano, pode-se fazer o mesmo que em 2002,
quando Desipe, VEP e Defensoria
Pública fizeram um mutirão para
transferir das casas de custódia
presos que já haviam conseguido
regime semi-aberto.
(MHM e TF)
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