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São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 2003

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VIOLÊNCIA

Seis são encontrados mortos no Rio em suposto acerto de contas do tráfico
Seis pessoas foram encontradas mortas em um carro próximo ao morro do Adeus, em Ramos (zona norte do Rio de Janeiro), no início da madrugada de ontem. Eles seriam traficantes e teriam sido torturados, segundo a perícia da Polícia Civil.
Os homens tinham várias marcas de bala, inclusive na cabeça. Quatro deles tinham fraturas expostas, e um teve os olhos arrancados. Os corpos foram encontrados por policiais militares por volta da 1h30, após denúncia de moradores. Estavam no porta-malas e dentro de um Stilo que teve os bancos retirados e os vidros quebrados.
Segundo a polícia, o carro havia sido roubado na véspera, na Ilha do Governador (zona norte). Os criminosos teriam rendido um taxista perto da favela e o obrigado a subir o morro, onde estaria o Stilo já com os corpos.
Segundo a polícia, as mortes seriam resultado de um acerto de contas entre integrantes da facção criminosa TC (Terceiro Comando), que gerencia o tráfico de drogas no morro.
A ordem para matar os supostos traficantes teria partido do principal líder do TC, Paulo César Silva dos Santos, 31, o Linho. Para o delegado Alexandre Guedes Magalhães, da 22ª DP, as torturas seriam forte indício de que houve acerto de contas. "Temos depoimentos que falam que traficantes locais estariam armando um esquema para mudar o comando da favela. Provavelmente, o plano foi descoberto e o Linho mandou matá-los."
Até o fechamento desta edição, os corpos não haviam sido identificados. Um dos mortos seria, segundo policiais, sobrinho do traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, morto em 11 de setembro de 2002 em rebelião no presídio de segurança máxima de Bangu 1. Uê era um dos líderes da facção Amigo dos Amigos (ADA), antiga aliada do TC. (DA SUCURSAL DO RIO)


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