São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 1998

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Ônibus recebem 44 mil reclamações

da Sucursal do Rio

No período de 13 de julho de 95 a 28 de novembro do ano passado, a Secretaria Municipal dos Transportes do Rio recebeu 44.822 reclamações de usuários contra o serviço de ônibus urbanos da capital.
Em novembro, as reclamações somaram 2.114. O ônibus é o principal transporte coletivo do Rio.
Os usuários reclamam, principalmente, de desobediência aos pontos de paradas, excesso de velocidade dos veículos, comportamento indevido dos motoristas e da escassez de carros.
Outro mal que atormenta os passageiros, na capital e no interior, é o assalto. A última estatística da Secretaria de Estado da Segurança Pública computou 5.480 ocorrências em 1996.
Segundo a assessoria da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes Rodoviários do Leste Meridional do Brasil), o principal esforço das empresas está sendo educar os motoristas e cobradores para o cumprimento das leis de trânsito e para melhorar o trato com os passageiros.
Foram instituídos prêmios de qualidade para os motoristas e as empresas vêm, segundo a assessoria, buscando oferecer vantagens salariais e assistência psicológica na tentativa de aumentar a satisfação no trabalho. Um motorista ganha R$ 551,00 por mês no Rio. Um cobrador, R$ 304,18.
Sobre a falta de ônibus, a Fetranspor diz que não há insuficiência de veículos e culpa os engarrafamentos do Rio pelos descompassos de horários das linhas.
A Companhia do Metrô do Rio contabilizou no ano passado 1.703 reclamações e sugestões de usuários -2.014 no ano anterior.
Entre as cinco maiores insatisfações estão o intervalo entre os trens, a qualidade do material -falta de ar-condicionado- e o atendimento dos funcionários. O Estado está investindo em mais 9,8 quilômetros de linhas (hoje são 25,4 km) e em 36 novos trens.
O serviço de barcas, cuja principal linha é a Rio-Niterói, acaba de ser privatizado.
A Conerj (Companhia de Navegação do Estado do Rio de Janeiro) opera uma frota de 18 barcas, com idades de 45 a 11 anos, e o Estado aposta na privatização para melhorar o serviço.
Na área dos trens suburbanos, a Flumitrens é um poço de problemas. Os passageiros enfrentam irregularidades no horário, tráfico de drogas e equipamentos malconservados. A empresa tem dois planos de investimentos que somam US$ 645 milhões.



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