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Advogada afirma que técnico teve "intenção", mas não chegou a produzir os documentos
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
A defesa de Thiago Pereira
disse ontem à tarde que o técnico de enfermagem tinha a "intenção" de entrar no esquema
de falsificação e venda de diplomas pela internet, mas que o
rapaz nunca chegou a produzir
nem um documento sequer.
"Ele se empolgou com a possibilidade de ganhar dinheiro
fácil, começou a se preparar,
mas nunca concretizou qualquer negócio. Ele não tinha
qualquer estrutura nem experiência para se tornar chefe de
um esquema nacional", disse a
advogada Lidiane Forcelini.
Segundo a advogada, Pereira
teve acesso ao esquema em novembro do ano passado, durante uma sessão de bate-papo na
internet. Uma mulher, que se
identificou como Flávia, e disse
morar em São Paulo, o convidou a participar da trama.
Morador de um distrito de
Tangará da Serra (MT), Pereira
começou a trocar e-mails com
Flávia e, em pouco tempo, já investia em equipamentos de informática. Mais tarde, chegou a
anunciar seus serviços em fóruns de discussão. Mas, de
acordo com a advogada, ele ainda não estava pronto para entrar no "negócio".
"Neste momento, as conversas por e-mail entre os dois já
haviam sido interceptadas pela
Polícia Federal", afirmou a advogada. "Quando ele estava começando a se organizar para fazer parte do esquema, foi preso
pela PF", disse.
Segundo ela, o despreparo de
Pereira ficou evidente na operação de busca que foi feita na
casa de seus pais. "Só encontraram notebook, pen drive e impressora comum. É de se imaginar que, para se produzir um
diploma convincente, é preciso
um equipamento bem mais sofisticado do que esse."
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