São Paulo, sábado, 15 de março de 2008

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Advogada afirma que técnico teve "intenção", mas não chegou a produzir os documentos

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A defesa de Thiago Pereira disse ontem à tarde que o técnico de enfermagem tinha a "intenção" de entrar no esquema de falsificação e venda de diplomas pela internet, mas que o rapaz nunca chegou a produzir nem um documento sequer.
"Ele se empolgou com a possibilidade de ganhar dinheiro fácil, começou a se preparar, mas nunca concretizou qualquer negócio. Ele não tinha qualquer estrutura nem experiência para se tornar chefe de um esquema nacional", disse a advogada Lidiane Forcelini.
Segundo a advogada, Pereira teve acesso ao esquema em novembro do ano passado, durante uma sessão de bate-papo na internet. Uma mulher, que se identificou como Flávia, e disse morar em São Paulo, o convidou a participar da trama.
Morador de um distrito de Tangará da Serra (MT), Pereira começou a trocar e-mails com Flávia e, em pouco tempo, já investia em equipamentos de informática. Mais tarde, chegou a anunciar seus serviços em fóruns de discussão. Mas, de acordo com a advogada, ele ainda não estava pronto para entrar no "negócio".
"Neste momento, as conversas por e-mail entre os dois já haviam sido interceptadas pela Polícia Federal", afirmou a advogada. "Quando ele estava começando a se organizar para fazer parte do esquema, foi preso pela PF", disse.
Segundo ela, o despreparo de Pereira ficou evidente na operação de busca que foi feita na casa de seus pais. "Só encontraram notebook, pen drive e impressora comum. É de se imaginar que, para se produzir um diploma convincente, é preciso um equipamento bem mais sofisticado do que esse."


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