São Paulo, terça-feira, 15 de março de 2011

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FOCO

Carnaval de rua bate recorde no Rio e deve ser menor em 2012

FELIPE CARUSO
DO RIO

O Carnaval de rua carioca bateu recordes de público e turistas neste ano. Segundo dados da Prefeitura do Rio, cerca de 4,9 milhões de foliões circularam pela cidade.
Os problemas causados, no entanto, fizeram a prefeitura- que organiza os desfiles dos blocos há três anos- trabalhar com números menores para o ano que vem.
Apenas na zona sul carioca, foram 1,5 milhão de pessoas, quase o dobro das 744 mil que eram esperadas. No centro 2,8 milhões. A expectativa era receber 1,5 milhão.
Este ano 465 blocos desfilaram pelas ruas da cidade. Em 2010, eles foram 424.
"Se a gente deixar solto, amanhã pode ter 7 milhões de pessoas e acontecer uma tragédia", afirmou o secretário de Turismo e presidente da Riotur, Antônio Pedro Figueira de Mello.
O excesso de público nos desfiles dos blocos de rua, disse o secretário, pode colocar a festa em risco nos próximos anos."O sucesso do Carnaval é absoluto, vem numa crescente desde 2005 e, se a gente não protegê-lo, pode ser que ele acabe."
Do 1 milhão de turistas que estiveram no Carnaval deste ano, 40% eram estrangeiros e geraram uma receita de U$ 740 milhões para o município -cerca de R$ 1,2 bilhão.

IDENTIDADE
Para desafogar a zona sul a meta é reduzir pela metade o número de pessoas nos blocos. Além da proibição de novos desfiles, a prefeitura vai estudar a mudança dos trajetos para outras regiões.
Entre os critérios que serão analisados para as alterações do próximo ano estão a tradição dos blocos e a identidade com os bairros, como a Banda de Ipanema, por exemplo, que desfila há quase 50 anos pelas ruas da vizinhança.
Mesmo com público maior que a expectativa neste ano, o centro da cidade é a principal opção para receber os blocos vetados na zona sul.
Esse foi o caminho do Monobloco, que depois de arrastar uma multidão por diversos bairros da zona sul, desfilou em 2011 pela terceiro ano seguido no centro do Rio.
O secretário de Turismo descartou também a possibilidade de criação de um circuito de rua para os blocos, como é em Salvador.


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