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São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2003

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SAÚDE

Médicos discutem com o governo de SP os recursos e o futuro do Emílio Ribas
Reunião entre representantes de servidores e médicos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, na próxima quinta, pretende acertar os ponteiros entre as partes.
Em documento enviado ao secretário Roberto Barradas Barata, os médicos afirmam que os recursos financeiros do hospital, na capital paulista, vêm caindo ano a ano -de R$ 23 milhões, em 1997, teriam sido reduzidos para R$ 19,9 milhões, em 2001.
Também afirmam que o dinheiro correspondente aos procedimentos efetuados pelo hospital e pagos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não é repassado na integralidade.
No documento, os representantes dos profissionais se queixam dos baixos salários e do déficit de funcionários: estariam faltando, por exemplo, 20 enfermeiros, 85 auxiliares de enfermagem, além de auxiliares de necropsia e motoristas.
O relatório também lista a falta de equipamentos como oxímetros (aparelhos que medem oxigênio no sangue), respiradouros e equipamentos de reanimação no pronto-socorro e em algumas enfermarias.
"Há ressuscitadores disponíveis, mas faltam monitores nesses aparelhos. Há sempre um elevador quebrado", diz Carlos Frederico Dantas Anjos, presidente da Associação dos Médicos e membro do grupo que discute a situação do hospital.
A situação do instituto veio à tona na semana passada, quando a falta de filtros em quartos especiais fez com que o Emílio Ribas não ficasse entre os hospitais de referência no tratamento na pneumonia. "A burocracia dos hospitais públicos nos torna mais lentos", disse Anjos.
A Secretaria da Saúde informou que todos os pontos levantados pelos médicos e funcionários estão sendo avaliados e serão tratados na reunião da quinta-feira. "A nova gestão da secretaria está planejando melhorar paulatinamente as condições do instituto, de forma que recupere sua missão inicial de hospital-referência para o SUS em infectologia", informou a assessoria de imprensa. A secretaria disse ainda que está checando os números e que os cortes e redução de verbas não correspondem ao informados pela associação dos médicos. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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