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Transferência de vôos não evita os atrasos e cancelamentos
DA REPORTAGEM LOCAL
A transferência e o cancelamento de 21,5% (167) dos 778
vôos operados em Congonhas
não foram suficientes para evitar uma série de atrasos, cancelamentos e reclamações de passageiros no primeiro dia das
obras de reconstrução da pista
principal do aeroporto.
Pela manhã, segundo as empresas e a Infraero (estatal que
administra os aeroportos), uma
chuva fina provocou a transferência para outros aeroportos
de pelo menos 22 outros pousos previstos para Congonhas.
O desvio foi necessário por
medidas de segurança, segundo
as empresas, porque o aeroporto está operando apenas com a
pista auxiliar, que é cerca de
500 m mais curta que a principal (a auxiliar tem 1.436 m e a
principal, 1.939 m).
Nessas condições, além do
risco do pouso com a aeronave
lotada, a decolagem também fica comprometida porque os
tanques de combustível estão
cheios.
O vôo JJ 3543 da TAM, de
Brasília a São Paulo, foi desviado para Ribeirão Preto (314 km
de SP) por excesso de tráfego
nos aeroportos mais próximos,
como de Guarulhos e Campinas. Após abastecer, o avião
voltou a São Paulo. Com isso, os
passageiros, que deveriam chegar a SP às 9h10, só conseguiram desembarcar às 11h20.
No boletim divulgado pela
Infraero às 18h, dos 229 vôos
programados para o aeroporto
de São Paulo, 23% (53) sofreram atraso. Outros nove foram
cancelados.
Durante a noite, o aeroporto
foi fechado das 20h05 às 20h30
em razão de chuva forte e pelo
menos mais quatro pousos foram transferidos para Guarulhos e Campinas. No site da Infraero, apareciam 25 vôos atrasados às 21h50.
Na semana passada, a Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil) havia autorizado a transferência de 51 vôos para Guarulhos. Outros 106 foram cancelados temporariamente, enquanto durarem as obras -a
previsão é de 45 dias.
Atualmente, o aeroporto está
com 28 a 33 operações (pouso e
decolagem) por hora, contra as
48 de média em dia normal, todas feitas na pista auxiliar.
Um dos principais problemas de Congonhas atualmente
é a necessidade de fechamento
para pousos e decolagens em
caso de chuvas fortes.
Isso porque a pista auxiliar,
entregue na semana passada,
ainda não tem o sistema de segurança, o chamado "grooving"
-ranhuras na pista para auxiliar o escoamento de água. O
sistema será implantado dentro de 40 dias, segundo a Infraero.
(RP)
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