São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007

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Metroviários se reúnem hoje para decidir sobre greve

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Sindicato dos Metroviários marcou para as 18h30 de hoje uma assembléia para decidir se a categoria entra em greve por tempo indeterminado a partir da meia-noite, como ficou definido na semana passada, em protesto contra a ameaça de punição a cinco diretores da entidade.
O Metrô acusa o grupo de desligar a eletricidade na estação Sé no dia da paralisação (23 de abril), o que eles negam, e decidiu demitir dois e afastar três deles. Depois, segundo o sindicato, a empresa propôs demitir um, suspender dois e afastar os demais. A versão não é confirmada pelo Metrô.
A paralisação foi um protesto contra a possível derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à emenda 3. Os metroviários, ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), aliada de Lula, entendem que a emenda pode afetar o poder de fiscalização de relações trabalhistas pelo governo. A medida estabelece que só cabe à Justiça, e não a auditores fiscais, decidir se um contrato de prestação de serviço encobre uma relação trabalhista.
A greve chegou a ser preparada para a semana passada, mas não ocorreu em razão da visita do para Bento 16.
Ontem, o Metrô não quis falar da ameaça de greve. Já o sindicato espera que ocorra hoje uma audiência com o governo do Estado na Justiça do Trabalho. O secretário de imprensa do sindicato, Manuel Xavier Lemos Filho, disse acreditar em negociação.
No final da tarde de ontem, diretores do sindicato se encontraram com o secretário de Estado do Trabalho, Guilherme Afif Domingos. Segundo a assessoria do secretário, o impasse foi o assunto da reunião.


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