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Metroviários se reúnem hoje para decidir sobre greve
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Sindicato dos Metroviários
marcou para as 18h30 de hoje
uma assembléia para decidir se
a categoria entra em greve por
tempo indeterminado a partir
da meia-noite, como ficou definido na semana passada, em
protesto contra a ameaça de
punição a cinco diretores da
entidade.
O Metrô acusa o grupo de
desligar a eletricidade na estação Sé no dia da paralisação (23
de abril), o que eles negam, e
decidiu demitir dois e afastar
três deles. Depois, segundo o
sindicato, a empresa propôs demitir um, suspender dois e
afastar os demais. A versão não
é confirmada pelo Metrô.
A paralisação foi um protesto
contra a possível derrubada do
veto do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva à emenda 3. Os
metroviários, ligados à CUT
(Central Única dos Trabalhadores), aliada de Lula, entendem que a emenda pode afetar
o poder de fiscalização de relações trabalhistas pelo governo.
A medida estabelece que só cabe à Justiça, e não a auditores
fiscais, decidir se um contrato
de prestação de serviço encobre uma relação trabalhista.
A greve chegou a ser preparada para a semana passada, mas
não ocorreu em razão da visita
do para Bento 16.
Ontem, o Metrô não quis falar da ameaça de greve. Já o sindicato espera que ocorra hoje
uma audiência com o governo
do Estado na Justiça do Trabalho. O secretário de imprensa
do sindicato, Manuel Xavier
Lemos Filho, disse acreditar
em negociação.
No final da tarde de ontem,
diretores do sindicato se encontraram com o secretário de
Estado do Trabalho, Guilherme Afif Domingos. Segundo a
assessoria do secretário, o impasse foi o assunto da reunião.
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