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LUCIANO PERA HOULMONT (1948-2010)
Um professor caçador de relíquias e de óvnis
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Enterrado a 40 cm do solo,
numa fortaleza do século 16,
no Guarujá (SP), um canhão
de mais de dois metros foi encontrado por Luciano Pera
Houlmont, nos anos 80. Tremendo de um curioso, por essas e outras ele virou uma espécie de caçador de relíquias.
Nascido em Lins, interior
de SP, era filho de um advogado belga que foi professor e
diretor de escola no Brasil.
Em 1972, Luciano mudou-se com a família para São Vicente (SP), onde um colégio
hoje leva o nome de seu pai.
Formou-se em ciências
biológicas, fez pós-graduação
em biologia marinha, e acabou se tornando também professor de ciências. Quando
não estava dando aulas, dedicava-se a suas muitas pesquisas, conta a irmã Ana Maria.
Segundo ela, na lista de
achados do irmão está a localização da antiga São Vicente
que, há muitos anos, foi engolida por um tsunami e hoje se
encontra debaixo d'água.
No litoral de SP, ele dizia
ter encontrado também, há
quatro anos, caravelas do
tempo do descobrimento,
mas não teve tempo de ver as
peças retiradas do mar.
A irmã diz que as descobertas estão registradas no Iphan
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Os estudos de Luciano
abordavam ainda a existência
de óvnis. Havia montado uma
unidade de pesquisas sobre o
assunto e contava, inclusive,
já ter sido abduzido por ETs.
Morava com a mãe, dona
Nadir, 88. Na sexta (7), após
complicações de saúde, morreu aos 61 anos, de septicemia. Solteiro, não teve filhos.
coluna.obituario@uol.com.br
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