|
Próximo Texto | Índice
MAIS EMPREGO, MENOS POLÍCIA
Segundo Datafolha, 54% acham que policiais do Rio agiram mal ao matar sequestrador
Paulistano quer ação social contra violência
DA REDAÇÃO
O paulistano considera que para combater o aumento da criminalidade no país a política do governo deve ser investir mais na resolução de problemas sociais do
que gastar dinheiro do contribuinte para aumentar o efetivo
das polícias e para equipá-las.
Segundo pesquisa Datafolha,
dois terços dos 640 entrevistados
em São Paulo acham que a prioridade da administração pública
deve ser o combate ao desemprego e melhorias na educação.
Essa opinião é mais acentuada
nos segmentos com mais escolaridade e com maior renda familiar.
O levantamento foi realizado
ontem, 48 horas após o país ter assistido às cenas dramáticas do sequestro de um ônibus no Rio, que
durou mais de quatro horas e terminou com a morte de uma refém
e do sequestrador, após ação desastrada da polícia, na opinião de
diversos especialistas.
Sobre esse acontecimento, diga-se de passagem, 54% dos paulistanos acham que os policiais fluminenses agiram mal ao matar o criminoso, segundo laudo do IML
do Rio, após tê-lo rendido e colocado no camburão.
Para a maioria dos entrevistados (56%), o governo Fernando
Henrique Cardoso não está empenhado na busca de soluções para reduzir as taxas de violência,
apesar de vir anunciando o desejo
de colocar em prática um plano
de segurança nacional.
A avaliação desfavorável ao governo tucano é maior entre os
mais escolarizados e entre os que
têm maior poder de compra.
Pouco mais de um terço dos entrevistados identificam nas ações
e no discurso de FHC e de sua
equipe um pouco de empenho ou
muito empenho para resolver o
problema da criminalidade.
Aliás, o presidente da República
divide com o governador do Estado a responsabilidade pela segurança, de acordo com os moradores de São Paulo.
A pesquisa traz um resultado
que pode ter implicação no mote
das campanhas eleitorais para
prefeito. Apenas 15% consideram
que o administrador municipal
deve controlar ações relacionadas
com o policiamento da cidade.
A tese da convocação do Exército para combater criminosos
-defendida com insistência pelo
presidente do Congresso, senador
Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA)- tem o apoio de dois terços
dos paulistanos, em especial entre
os que concluíram apenas o 1º
grau e entre os que ganham até
dez salários mínimos.
Próximo Texto: Enterro de Geísa é acompanhado por 3 mil pessoas em Fortaleza Índice
|