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SAÚDE
Fundação antecipa compras de medicamentos e consegue obter melhores preços dos fornecedores internacionais
Governo economiza R$ 102 mi com vacina
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde conseguiu uma economia de R$ 102 milhões na compra de vacinas e de
inseticidas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor
da dengue e da febre amarela.
Desde o ano passado, a Fundação Nacional de Saúde passou a
comprar os medicamentos com
antecedência, principalmente
quando havia uma boa oferta no
mercado internacional, o que levava a uma redução do preço.
Antes das mudanças nos processos de compra, a Funasa esperava os estoques estarem quase
terminando para fazer um novo
pedido. "Isso nos obrigava a dar
um prazo muito curto para a entrega dos medicamentos, e a pedir
uma quantidade muito grande de
uma só vez", diz Mauro Costa,
presidente da fundação.
O processo antigo fazia com que
o Ministério da Saúde precisasse
comprar de alguns poucos fornecedores aptos a cumprir os prazos
exigidos e que, ao mesmo tempo,
cobravam o preço que queriam.
Atualmente a Funasa compra
quantidades menores, apenas para manter sempre o estoque completo, e pode barganhar por preços mais baixos. "Podemos incluir mais fornecedores na concorrência, o que sempre reduz os
custos", afirma Costa.
Inseticida
Foi o que aconteceu, por exemplo, com a compra de 2.000 toneladas do inseticida Tomophoes,
usado para combater o Aedes
aegypti, feita no ano passado.
A Funasa esperava o resultado
de uma licitação feita pela Opas
(Organização Pan-Americana de
Saúde) quando descobriu um
fornecedor oferecendo o inseticida a US$ 1,02 o quilo. Em 1998, o
mesmo produto custava US$
1,83. A fundação pediu uma nova
tomada de preços à Opas e terminou por economizar US$ 3,6 milhões. Este ano, a economia deverá ser de US$ 4,5 milhões.
A principal redução, no entanto, foi nas vacinas contra a gripe.
Em 1998, a Funasa pagou US$
4,20 por dose. No ano passado,
depois de um acordo entre o laboratório fabricante e o Instituto
Butantã - que passou a preparar
as vacinas no Brasil a partir do
material recebido da empresa -,
o preço caiu para US$ 1,85.
"O que faltava era planejamento nas compras", diz Costa. As
mudanças no processo trouxeram outro benefício além da economia de recursos: ajudaram a
diminuir os riscos da falta de vacinas ou inseticidas.
Na compra dos medicamentos
chamados estratégicos -que o
ministério distribui gratuitamente para a população, como tratamento de Aids e tuberculose -a
redução foi de 47% em 99.
A principal estratégia foi manter um grupo permanente para
fazer pesquisa de preços tanto no
país quanto no exterior.
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