São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2000


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SAÚDE
Fundação antecipa compras de medicamentos e consegue obter melhores preços dos fornecedores internacionais
Governo economiza R$ 102 mi com vacina

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde conseguiu uma economia de R$ 102 milhões na compra de vacinas e de inseticidas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela.
Desde o ano passado, a Fundação Nacional de Saúde passou a comprar os medicamentos com antecedência, principalmente quando havia uma boa oferta no mercado internacional, o que levava a uma redução do preço.
Antes das mudanças nos processos de compra, a Funasa esperava os estoques estarem quase terminando para fazer um novo pedido. "Isso nos obrigava a dar um prazo muito curto para a entrega dos medicamentos, e a pedir uma quantidade muito grande de uma só vez", diz Mauro Costa, presidente da fundação.
O processo antigo fazia com que o Ministério da Saúde precisasse comprar de alguns poucos fornecedores aptos a cumprir os prazos exigidos e que, ao mesmo tempo, cobravam o preço que queriam.
Atualmente a Funasa compra quantidades menores, apenas para manter sempre o estoque completo, e pode barganhar por preços mais baixos. "Podemos incluir mais fornecedores na concorrência, o que sempre reduz os custos", afirma Costa.

Inseticida
Foi o que aconteceu, por exemplo, com a compra de 2.000 toneladas do inseticida Tomophoes, usado para combater o Aedes aegypti, feita no ano passado.
A Funasa esperava o resultado de uma licitação feita pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) quando descobriu um fornecedor oferecendo o inseticida a US$ 1,02 o quilo. Em 1998, o mesmo produto custava US$ 1,83. A fundação pediu uma nova tomada de preços à Opas e terminou por economizar US$ 3,6 milhões. Este ano, a economia deverá ser de US$ 4,5 milhões.
A principal redução, no entanto, foi nas vacinas contra a gripe. Em 1998, a Funasa pagou US$ 4,20 por dose. No ano passado, depois de um acordo entre o laboratório fabricante e o Instituto Butantã - que passou a preparar as vacinas no Brasil a partir do material recebido da empresa -, o preço caiu para US$ 1,85.
"O que faltava era planejamento nas compras", diz Costa. As mudanças no processo trouxeram outro benefício além da economia de recursos: ajudaram a diminuir os riscos da falta de vacinas ou inseticidas.
Na compra dos medicamentos chamados estratégicos -que o ministério distribui gratuitamente para a população, como tratamento de Aids e tuberculose -a redução foi de 47% em 99.
A principal estratégia foi manter um grupo permanente para fazer pesquisa de preços tanto no país quanto no exterior.


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