São Paulo, terça-feira, 15 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ACIDENTE

Fogo foi controlado por vizinhos, em Carapicuíba

Em favela, incêndio causado por curto-circuito mata três crianças

DO "AGORA"

Um incêndio provocado por um curto-circuito causou a morte de três crianças na favela do Jardim Ariston, em Carapicuíba (Grande São Paulo), na tarde de ontem.
O barraco feito de tábuas de madeira ficou destruído. O fogo foi apagado pelos vizinhos. Os irmãos Lucas, 5, Luiz Ricardo, 3, e Iago Salatiel, de 11 meses, não conseguiram escapar das chamas e foram atingidos pelo fogo.
"Eles estavam ao lado de uma cama, com medo", afirmou Cleberson Sales do Carmo, 21, que também morava no local e chegou a tirar duas das crianças das chamas. Iago e Luiz Ricardo foram levados ao pronto-socorro, mas não resistiram às queimaduras e morreram.
A mãe das crianças, Márcia Paez, 32, trabalhava como babá na casa da vizinha e não teve tempo de salvar os filhos. "Foi tudo muito rápido", disse a amiga da família Eliete Alves, 29.
Apesar do fogo, Márcia entrou no barraco para tirar os filhos e queimou as pernas e o rosto no incêndio. As crianças devem ser enterradas hoje no Cemitério do Jardim Ariston, em Carapicuíba.
Esse foi o terceiro incêndio em favelas de São Paulo nos últimos quatro dias. Na madrugada de sábado, o fogo destruiu cerca de 20 barracos da favela da Aldeinha, na ponte Júlio de Mesquita Neto (zona oeste).
Na tarde do mesmo dia, cerca de 50 barracos foram atingidos por um incêndio na favela do Buraco Quente, no bairro de Cidade Monções (zona sul). Sete pessoas foram levadas para hospitais próximos, com intoxicações, lesões e crises nervosas.


Texto Anterior: Acidente: Ônibus do Maranhão tomba em SP e fere 25
Próximo Texto: Clima: Frio no fim de semana provoca duas mortes no Rio Grande do Sul
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.