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POLÍCIA
Justiça decretou ilegalidade; tropas do Exército chamadas devido à paralisação de policiais civis continuam no Estado
PMs do Piauí adiam greve após liminar
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Uma manifestação de cerca de
500 policiais militares em Teresina deflagrou ontem a greve da categoria no Piauí. No final da tarde,
após a Justiça decretar a ilegalidade do movimento, os PMs resolveram adiar a paralisação.
Na manhã de ontem, após a
Procuradoria Geral do Estado ser
informada que a Polícia Militar
havia decretado a greve, uma liminar foi expedida pela 1ª Vara
dos Feitos da Fazenda Pública decretando a ilegalidade.
De acordo com a Justiça, caso os
militares desrespeitassem a decisão judicial, a Associação dos Cabos e Policiais Militares seria multada em R$ 5.000 por dia e os grevistas poderiam ser presos.
O presidente da associação, Jarbas Alves Cavalcanti, disse que
entrará com recurso contra a decisão do juiz Sebastião Ribeiro
Martins. "Não temos intenção de
cancelar a greve, mas vamos obedecer a decisão da Justiça."
Cavalcanti disse que na sexta-feira será realizada uma nova assembléia entre os policiais militares em Teresina.
A categoria exige o pagamento
de um abono salarial de R$ 130,
que, conforme o presidente da associação, já havia sido confirmado pelo governo do Estado no final do ano passado. Além do aumento, os policiais reivindicam a
implantação de vale-refeição e redução da jornada de trabalho.
Tropas do Exército que haviam
sido enviadas ao Piauí no sábado,
após pedido do governador Wellington Dias (PT) ao governo federal, continuavam no Estado até
o fechamento desta edição.
Civil continua parada
A decisão do comando grevista
da PM em cancelar o início da paralisação não alterou a greve na
Polícia Civil, que começou na segunda-feira da semana passada.
O presidente do sindicato dos
Policiais Civis, Constantino Júnior, afirmou que o governo analisa a possibilidade de pagar a segunda parcela do 13º salário dos
servidores, atrasada desde o final
do ano passado. O governo ainda
não apresentou uma proposta.
Além desse pagamento, o comando de greve reivindica abono
salarial em torno de 40%. A greve
da Polícia Civil também já foi decretada ilegal pela Justiça.
A greve dos agentes e escrivães
de Alagoas entra hoje em seu oitavo dia. O diretor-geral da Polícia
Civil, Roberto Lisboa, disse que a
paralisação atinge, no máximo,
40% dos policiais e que nenhuma
da atividade está suspensa.
Colaborou SÍLVIA FREIRE, da Agência
Folha
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