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Em protesto na Paulista com
mais de 100 ciclistas, vários ficam nus e um acaba detido
ROBERTO DE OLIVEIRA
DA REVISTA DA FOLHA
A primeira edição do
World Naked Bike Ride (na
tradução livre, passeio mundial de ciclistas nus) em São
Paulo terminou com a detenção do analista de sistemas André Pasqualini, 34, na
avenida Paulista, ontem à
tarde, depois que ele e cerca
de outros 20 manifestantes
tiraram a roupa. Ele foi liberado após um termo circunstanciado ter sido registrado.
O evento já ocorre tradicionalmente em outras cidades do mundo, como Seattle,
Vancouver e Auckland.
Pasqualini foi detido
quando tirou o tapa-sexo
que usava. Logo em seguida,
os pelados se vestiram.
Segundo o major da PM
Benjamin Francisco Neto,
45, os manifestantes tinham
sido avisados que a nudez
não seria permitida durante
o evento por ato obsceno.
O objetivo de pedalar sem
roupa era chamar atenção
para os direitos dos ciclistas
e mostrar que eles se sentem
nus, desprotegidos, quando
têm de disputar espaço com
os veículos nas ruas.
A PM usou cassetetes e
spray de pimenta contra os
manifestantes. Pasqualini
deverá se apresentar à Justiça. A pena para ato obsceno é
prisão de três meses a um
ano ou multa. A manifestação, que começou por volta
das 14h na praça do Ciclista,
na Paulista, iria dar uma volta na avenida e retornar à
praça. Após a prisão, a manifestação foi interrompida e
cerca de 120 ciclistas protestaram em frente à delegacia.
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