São Paulo, segunda-feira, 15 de junho de 2009

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Brigas, furtos e até bomba prejudicam clima de festa

No incidente mais grave, morador lança artefato caseiro e fere 30 no centro

Maior nº de ocorrências, no entanto, envolve casos de consumo excessivo de álcool; 4 caminhões com bebida são apreendidos


FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Excesso de álcool, brigas, furtos e até uma bomba caseira contrastaram com a festa vista ontem na Parada Gay.
No episódio mais grave, por volta das 22h, o morador de um edifício na avenida Vieira de Carvalho (centro) se irritou com o barulho de pessoas que dispersaram da festa e jogou uma bomba caseira no grupo.
Segundo a Polícia Militar, 30 pessoas ficaram levemente feridas pelo artefato. O morador não foi identificado. Outras cenas de violência ocorreram principalmente após a passagem dos trios elétricos. Próximo ao cemitério da Consolação, a Folha presenciou três brigas em apenas dez minutos.
"O principal problema é o abuso do álcool, apesar da enorme quantidade de apreensões de bebidas", disse o comandante da PM na operação, coronel Marcos Chaves. A Guarda Civil Metropolitana encheu ao menos quatro caminhões com bebida ilegal.
Entre os participantes, houve diversas reclamações da ocorrência de furtos. "Na multidão, minha bolsa foi mexida. Levaram a carteira com meu dinheiro, cartão e Bilhete Único", disse a operadora de telemarketing Katia de Freitas, 18.
O balanço da polícia aponta dez agressões, quatro furtos, três roubos e 11 discussões. Três pessoas foram detidas. Os dados abrangem só casos em que foi acionado o telefone 190. A organização registrou 412 atendimentos médicos: uma pessoa esfaqueada em briga, outra com fratura exposta e os demais por excesso de álcool.
"Do ponto de vista da segurança pública, a avenida ficou pequena. É uma multidão concentrada em pouco espaço. Isso dificulta nosso trabalho", afirmou o coronel Chaves.
Perto das 14h, houve empurra-empurra em frente ao Masp, na avenida Paulista, para a passagem de uma ambulância que errou o caminho -ela não usou uma rua exclusiva para chegar a um ponto de apoio e teve de abrir espaço na multidão. Algumas pessoas foram prensadas nas grades. Não houve feridos graves, segundo a PM.


Colaborou o "Agora"


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