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Testemunha diz que advogada morreu no dia em que sumiu
Comerciante diz ter visto o carro de Mércia ser jogado na represa
DE SÃO PAULO
A advogada Mércia Nakashima, 28, morreu no mesmo
dia em que desapareceu,
conforme uma testemunha
relatou ontem à Polícia Civil.
Dessa forma, a polícia descartou a possibilidade de que
ela teria sido levada para um
cativeiro antes de ser assassinada no dia 23 de maio.
Essa testemunha, um comerciante de 50 anos, disse
aos investigadores que estava pescando na represa de
Nazaré Paulista (64 km de
SP) no dia do crime quando
viu o carro da advogada ser
jogado na lagoa por volta das
19h30. Antes, ele afirma que
escutou dois gritos, que acreditava ser de uma criança.
Seis dias depois do assassinato, o comerciante decidiu ligar para o disque denúncia da Secretaria da Segurança Pública. O atendente o orientou a ir até o DHPP
(departamento de homicídios) que investigava o caso e
fazer, então, seu relato para
um delegado. Porém, dizendo estar assustado, ele decidiu não ir.
Dias depois, a testemunha
procurou a família de Mércia
e contou o que havia visto.
Foi então que os familiares
seguiram até a represa e avisaram a polícia sobre a denúncia do comerciante. O
carro da vítima foi encontrado na última quinta-feira e
seu corpo no dia seguinte.
O principal suspeito, segundo o delegado Antonio
Olim, continua sendo o ex-namorado de Mércia, que
também fora seu sócio, o advogado e ex-policial militar
Mizael Bispo de Souza, 40.
Para a polícia, quem empurrou o carro de Mércia para dentro da represa teve a
ajuda de uma outra pessoa,
que possivelmente a esperava nas proximidades do local
do crime para fugirem.
DEFESA DO SUSPEITO
O advogado de Mizael, Samir Haddad Júnior, afirmou
que seu cliente é inocente.
"Desde quando crime passional inclui mais de uma
pessoa? Isso é improvável.
Meu cliente não é burro", disse o advogado.
Mizael chegou a dizer que
a ex-namorada sofria ameaças por conta de casos que
defendia como advogada.
A família diz que desconhece qualquer ameaça que
ela tenha sofrido.
No fim de semana, a Ordem dos Advogados do Brasil designou um advogado
para atuar como assistente
de acusação nesse caso.
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