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"Histeria" coletiva para escola no Ceará
Especialistas tentam explicar o fenômeno
JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO
As aulas de uma escola
municipal no interior do Ceará ficaram suspensas depois
que dezenas de alunos começaram a sentir uma espécie
de mal-estar com sintomas
como dores musculares e de
cabeça, palidez e náusea.
Psicólogos, parapsicólogos e até religiosos foram
chamados ao local para ajudar a explicar o que ocorre.
Segundo a direção da escola municipal Eduardo Barbosa, na área rural de Itatira
(221 km de Fortaleza), a maioria do grupo afetado é de meninas de 8 a 16 anos.
O fenômeno começou com
casos isolados e se agravou
há 12 dias, após missa ser realizada na escola a pedido da
comunidade. Na cerimônia,
25 pessoas -alunos e pais-
apresentaram os sintomas.
Após a missa, as atividades na escola foram suspensas. Os cerca de 500 alunos
só retornaram às aulas ontem -não houve incidentes.
"Alguns ficaram com a voz
mais grossa. Pareciam em
transe", afirmou Eliane Dias,
diretora do Colégio Estadual
Nazaré Guerra, que compartilha as instalações da escola.
Segundo a diretora, o clima na cidade, de 18 mil habitantes, está "pesado".
Na última quarta, o padre
e parapsicólogo Élio de Freitas, de Fortaleza, foi chamado pela paróquia local para
falar com os alunos. Sete pessoas desmaiaram na reunião.
"A comunidade está começando a acreditar que a
escola é amaldiçoada, mas se
trata de um caso de histeria
coletiva ou contágio psíquico", disse o padre.
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