São Paulo, terça-feira, 15 de junho de 2010

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"Histeria" coletiva para escola no Ceará

Especialistas tentam explicar o fenômeno

JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO

As aulas de uma escola municipal no interior do Ceará ficaram suspensas depois que dezenas de alunos começaram a sentir uma espécie de mal-estar com sintomas como dores musculares e de cabeça, palidez e náusea.
Psicólogos, parapsicólogos e até religiosos foram chamados ao local para ajudar a explicar o que ocorre.
Segundo a direção da escola municipal Eduardo Barbosa, na área rural de Itatira (221 km de Fortaleza), a maioria do grupo afetado é de meninas de 8 a 16 anos.
O fenômeno começou com casos isolados e se agravou há 12 dias, após missa ser realizada na escola a pedido da comunidade. Na cerimônia, 25 pessoas -alunos e pais- apresentaram os sintomas.
Após a missa, as atividades na escola foram suspensas. Os cerca de 500 alunos só retornaram às aulas ontem -não houve incidentes.
"Alguns ficaram com a voz mais grossa. Pareciam em transe", afirmou Eliane Dias, diretora do Colégio Estadual Nazaré Guerra, que compartilha as instalações da escola.
Segundo a diretora, o clima na cidade, de 18 mil habitantes, está "pesado".
Na última quarta, o padre e parapsicólogo Élio de Freitas, de Fortaleza, foi chamado pela paróquia local para falar com os alunos. Sete pessoas desmaiaram na reunião.
"A comunidade está começando a acreditar que a escola é amaldiçoada, mas se trata de um caso de histeria coletiva ou contágio psíquico", disse o padre.


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