São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Marginal Pinheiros vira foco de arrastões Em uma só noite, ao menos 7 pessoas foram alvo de ladrões perto da ponte Ary Torres; mulheres são principais vítimas Bandidos aproveitam congestionamento para quebrar vidros de carros e roubar os motoristas; ação não dura 1 minuto AFONSO BENITES DE SÃO PAULO Ao menos sete pessoas foram vítimas de um arrastão na noite de anteontem na marginal Pinheiros, próximo à ponte Engenheiro Ary Torres, na zona oeste da cidade. Três ladrões se aproveitaram do congestionamento, por volta das 19h, usaram pedras para quebrar os vidros dos carros em que motoristas estavam sozinhos e roubaram bolsas, dinheiro, cartões bancários e telefones celular. Das sete vítimas encontradas por PMs, apenas duas mulheres registraram boletins de ocorrência na delegacia. Uma delas, farmacêutica, afirmou que levou um murro depois que um ladrão quebrou o vidro. As duas mulheres disseram à polícia que não conseguem identificar os ladrões porque a ação foi rápida, durou menos de um minuto. DROGAS Para policiais que trabalham na região, os bandidos que atuam nos congestionamentos geralmente são usuários de drogas que procuram dinheiro rápido para sustentar seu vício. Parte deles costuma comprar e consumir crack nas imediações do bairro Campo Belo (sul). "Não é uma quadrilha organizada que está agindo. São ladrões de oportunidade", disse o delegado Vilson Genestreti, titular do 34º DP. No ano passado, a PM chegou a anunciar a apreensão de dois adolescentes que costumavam agir na região, principalmente em dias de chuva, quando o congestionamento era maior por conta das inundações. Até a noite de ontem, ninguém tinha sido preso por esse arrastão. No dia do crime, a Polícia Militar chegou a procurar os ladrões com motociclistas e um dos helicópteros da corporação. SUBNOTIFICAÇÃO Roubos a motoristas na marginal Pinheiros não são novidade. Neste ano, segundo policiais, já foram ao menos 20 casos. O número pode ser maior, pois nem todas as vítimas registram os casos, o que interfere no planejamento do policiamento local. "Tive o prejuízo de arrumar a minha janela e de um celular que foi levado. Não achei que valeria a pena perder meu tempo na polícia, já que ninguém seria preso", disse um comerciante assaltado no mês de maio. O estreitamento das pistas e a má iluminação em algumas pontes, como a Morumbi, a João Dias e a Engenheiro Ary Torres, são alguns dos motivos que facilitam ocorrências desse tipo. Segundo a PM, o policiamento na região tem sido reforçado com motociclistas. Texto Anterior: Há 90 Anos Próximo Texto: Depoimento: "Um mês após o crime, não passo lá, mudei de rota" Índice | Comunicar Erros

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